O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa,
afirmou hoje (19) que a Corte rompeu, em 2013, uma tradição longa em que
parlamentares não eram presos. Segundo Barbosa, as prisões decretadas pelo
Supremo neste ano servem de recado como uma mudança de página, mas não
significam o fim da corrupção. Barbosa participou, nesta manhã, da última
sessão do Supremo, antes do recesso do Judiciário, que começa amanhã (19). Os
trabalhos serão retomados em fevereiro.
Em uma avaliação sobre as decisões que foram tomadas pelo STF,
Barbosa disse que todos os condenados devem cumprir suas penas,
independentemente dos cargos que ocupam. “Desde que demonstrada a violação de
normas penais, não há por que criar exceções para A, B ou C, em função dos
cargos que exercem. Esta é a novidade deste ano: rompimento com uma tradição
longa.”
Em junho, o Supremo determinou a prisão do deputado federal
afastado Natan Donadon (sem partido-RO), condenado há 13 anos, quatro meses e
dez dias de prisão pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. No dia 15
de novembro, Barbosa decretou a prisão de 17 condenados na Ação Penal 470, o
processo do mensalão. Entre eles, estavam os deputados Pedro Henry (PP-MT), José
Genoino (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP), que renunciaram ao mandato.
Agencia Brasil
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