É o ato ou efeito de impor a vontade
de um sobre a de outro, tendo por base o exercício do poder, sem considerar as
leis vigentes. A democracia direta é um sistema que se opõe a este tipo de
atitude. O abuso de poder pode se dar em diversos níveis de poder, desde o
doméstico entre os membros de uma mesma família, até aos níveis mais
abrangentes. O poder exercido pode ser o econômico, político ou qualquer outra
forma a partir da qual um indivíduo ou coletividade têm influência direta sobre
outros. O abuso caracteriza-se pelo uso ilegal ou coercivo deste poder para
atingir um determinado fim. O expoente máximo do abuso do poder é a submissão
de outrem às diversas formas de escravidão
A noção de poder envolve aspectos
mais amplos e complexos do que o mero exercício da autoridade sobre outra. O
poder pode ser exercido desde às formas mais sutis até aos níveis mais
explícitos e comumente identificáveis. Assim sendo, caracterizar o abuso de
poder deixa de ser uma tarefa de simples identificação da ação do forte sobre o
fraco, passando a considerar que o poder, em determinadas situações e
circunstâncias, muda de mãos e ganha nuance implícitas, que dificultam a identificação
do abuso do mesmo.
Uma pessoa em situação desvantajosa
que saiba identificar em que aspectos têm poder pode usar de artifícios
abusivos para sair da posição desvantajosa. Isso pode ser facilmente
identificado em países democráticos, nos quais os direitos das minorias são
salvaguardados e que indivíduos pertencentes a estas minorias aproveitam-se do
argumento do ''politicamente correto'' para neutralizar seus adversários em
questões jurídicas, por exemplo. Nestes casos, o direito adquirido legitimamente
e ideologicamente correto, aceite socialmente, passa a ser uma forma de poder
nas mãos de quem o detém. Poder este que pode ser exercido da forma genuína ou
da forma abusiva, dependendo do caso.
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