O ano de 2013 pode
ser um dos dez mais quentes desde que esse dado começou a ser registrado, em
1850, anunciou nesta quarta-feira (13) a Organização Mundial Meteorológica
(WMO, na sigla em inglês) durante evento na Conferência do Clima da ONU, em
Varsóvia (Polônia), com o objetivo de informar os negociadores sobre a situação
do planeta. Os primeiros nove meses deste ano - os dados por enquanto só
estão disponíveis até setembro - se equiparam com 2003 como o sétimo mais
quente do período, com a temperatura da terra e da superfície do oceano cerca
de 0,48°C acima da média registrada entre 1961 e 1990. O período de
janeiro a setembro foi mais quente que os mesmos períodos em 2011 e 2012,
quando houve a ocorrência do fenômeno La Niña. Seu oposto, o El Niño, foi o
desencadeador de alguns dos anos mais quentes, como 2010 e 1998, mas, até
setembro deste ano, nenhum dos dois fenômenos foi observado. A região do
planeta que mais sentiu o aquecimento neste ano foi à Austrália, onde as
temperaturas foram mais extremas, chegando a bater os 50°C. O dado é citado em
um curioso momento: a Austrália voltou atrás nos seus planos de reduzir 25% de
suas emissões de gases de efeito estufa até 2020 e disse que vai cortar apenas
5%, agindo contra recomendações de sua própria agência, de diminuir pelo menos
15% de CO2. Segundo o estudo divulgado em Varsóvia, o Brasil sentiu neste
ano temperaturas mais elevadas no Nordeste. O trabalho também confirma que o
índice de chuvas ficou muito abaixo da média na região, o que levou à ocorrência
da pior seca dos últimos 50 anos na região. O déficit de chuva, de acordo com
informações do levantamento, é o pior desde que os registros tiveram início, em
1979.
Fonte: Bahia Noticias
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