Nossas
frustrações são muitas vezes resultado de nossas expectativas idealistas.
Idealizamos
demais!
Idealizamos
o que seja perfeito e se ele não vem como esperamos (o perfeito ou o que
consideremos perfeito), sofremos.
A grande maioria
de nós não se deu conta totalmente que o mundo que vivemos é um mundo caído,
portanto marcado pela imperfeição. Sendo assim, precisamos reconsiderar o que
venha ser “perfeito”, dentro do contexto do mundo imperfeito, caído.
Creio que
perfeito é todo aquele que ama.
Sim! Quem
descobriu o amor, descobriu a graça; e quem descobriu a graça não barganha mais
com a vida, nem com ninguém. Quem descobriu a graça sabe viver, mas não sem
dor, pois não podemos esquecer que o mundo em que vivemos é um mundo caído,
onde tudo é em parte, mesmo o amor.
Penso que
tal percepção nos salva da presunção das nossas “falsas perfeições” e,
portanto, de muitas frustrações na vida.
Presumimos
que as coisas são de um jeito, quando muitas vezes são de outra. E, se esse
“presumir” é fruto da presunção, concluo que a humildade é o remédio para
nossas frustrações.
Isso se
aplica não raras às vezes, as relações interpessoais. Gente humilde – falo
daquele que tem aprendido a se destituir do seu egoismo para dar lugar a
relações francas – conseguem viver as suas relações de forma mais leve, do que
os que vivem sempre esperando algo do outro ou mesmo de si mesmo, para além do
que convém.
Por esta
razão, acredito que muitos de nós precisamos responder as seguintes perguntas:
- Por que será
que me frustro tanto com as pessoas?
- O que
espero tanto delas?
- Que visão
tenho de mim mesmo?
A última
pergunta é de especial valor, pois quem melhor a responde, melhor se lida com a
vida. Por uma razão simples: menos cobra dos outros e da vida, quem mais se
sabe imperfeito e limitado.
Pense
nisso!
Samuel
Andrade
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