A atriz
Regina Duarte, escolhida pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a
Secretaria Especial da Cultura, fez publicações nas redes sociais em apoio a
ato contra o Congresso marcado para o próximo dia 15.
"15
de março. Gen Heleno/Cap Bolsonaro. O Brasil é nosso, não dos políticos de
sempre", diz uma das mensagens divulgadas na noite de terça-feira (25).
Em uma segunda postagem, a atriz reproduz, sem citar a
origem, trecho de texto do jornal O Estado de S. Paulo, que revelou que
Bolsonaro estava publicando um vídeo "em tom dramático" pedindo que
as pessoas saíam às ruas para defendê-lo.
"O presidente Jair Bolsonaro está disparando de seu
celular pessoal um vídeo em tom dramático que mostra a facada que sofreu em
2018 em Juiz de Fora para dizer que ele 'quase morreu' para defender o país e
agora precisa que as pessoas vão às ruas no dia 15 de março para defendê-lo. O
ato do dia 15 está sendo convocado por movimentos de direita em defesa do
governo e contra o Congresso Nacional", diz a publicação.
Regina
foi escolhida este ano por Bolsonaro para comandar a pasta da Cultura, hoje
vinculada ao Ministério do Turismo. Ainda não há data prevista para que ela
assuma o cargo.
Nas postagens, ela se refere a vídeos que o presidente
distribuiu pelo WhatsApp sobre atos contra o Congresso em 15 de março.
Nesta quarta-feira (26), após receber críticas sobre a
mensagem, o presidente chamou de "tentativas rasteiras de tumultuar a
República" as interpretações sobre suas mensagens. Ele não nega apoio à
convocação de manifestações.
"Tenho 35 milhões de seguidores em minhas mídias
sociais (Facebook, Instagram, YouTube e Twitter) onde mantenho uma intensa
agenda de notícias não divulgadas por parte da imprensa tradicional. Já no
Whatsapp tenho algumas poucas dezenas de amigos onde, de forma reservada,
trocamos mensagens de cunho pessoal. Qualquer ilação fora desse contexto são
tentativas rasteiras de tumultuar a República", escreveu.
O post nas redes sociais foi feito horas antes de o
presidente embarcar de Guarujá, onde passou o feriado de Carnaval, para
Brasília. Ele ocorre também depois de reações de repúdio ao vídeo de
representantes de outros poderes, da sociedade civil e de ex-presidentes da
República.
Líderes políticos como os ex-presidentes Lula e Fernando
Henrique Cardoso e o presidente da OAB manifestaram repúdio na noite de
terça-feira (25) à iniciativa de Bolsonaro.
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