O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse hoje (7)
ter a expectativa de que chegue a 100 mil o número de vagas destinadas ao
projeto piloto do Enem Digital – plataforma por meio
da qual o Exame Nacional do Ensino Médio será feito via internet. Inicialmente,
a expectativa era de que o piloto do programa abrangesse 50 mil
vagas.
“O Enem Digital vai entrar
em vigor este
“O Enem Digital vai entrar em vigor este ano em 15
capitais como projeto piloto voluntário, para alguma coisa entre 50 e 100 mil
vagas. E depois, no futuro, espalhá-lo pelo Brasil todo”, disse hoje Weintraub,
ao participar do Revista Brasil, programa da Rádio Nacional de Brasília ancorado pelo jornalista
Valter Lima, veiculado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Cerca de
3,9 milhões de candidatos participaram da edição 2019 do exame.
Para
o governo, o Enem Digital vai permitir a utilização de novos tipos de questões
com vídeos, infográficos e até a lógica dos games. A sequência do
programa, no entanto, depende da estruturação das escolas públicas brasileiras,
em especial de seus laboratórios de informática.
“Levaremos informática para
todas as escolas do Brasil. Este ano já vamos cobrir quase tudo, mas ao longo
do tempo o pessoal terá laboratório de informática e estará preparado para
fazer o Enem Digital, porque não adianta passarmos para o Enem Digital sem dar
condições de competição para o filho de quem não tem internet nem computador.
Por isso, ao longo deste governo, o Enem passará a ser 100% digital. Mas isso
será feito de forma gradual”, acrescentou o ministro.
Segundo ele, ao final do
processo, o Enem Digital proporcionará grande economia de dinheiro público, uma
vez que, quando feito no papel, o exame acaba sendo mais caro por conta de sua
logística.
“Quando digitalizar tudo, o
Enem ficará mais barato. A pessoa poderá marcar com antecedência o dia que vai
fazê-lo, além de não ter problema caso perca o prazo. Caso tenha problema, ele
pode remarcá-lo, sem risco de perder o ano”, acrescentou o ministro.
“Por
exemplo, na parte de bolsas não apenas estamos mantendo como ampliando-as.
Criamos novas bolsas para pesquisar especificamente crises ambientais como
derramamento de óleo. Foi criada uma bolsa só para isso. Tem também a ampliação
do programa de apoio a pós-graduação para a Amazônia Legal stricto sensu
[mestrado e doutorado]”, disse.
Segundo ele, a ideia é, ao
longo do ano, avançar no sentido de melhor distribuir bolsas pelo território
nacional, de forma a beneficiar localidades que historicamente são menos
atendidas. Weintraub destacou também a criação de um portal de periódicos que
disponibilizará os principais jornais e revistas científicos.
“E no programa de formação
de professores, além de mantermos todos programas, estamos fazendo a parte de
formação de professores da educação básica no exterior, principalmente nos
Estados Unidos, Canadá, e agora, entrando também, a Irlanda. Dessa forma, a
pessoa poderá sofisticar seu inglês, ver outras realidades e trazer isso para
ensinar nossas crianças”.
Ainda de acordo com o
ministro, a capacitação e o treinamento dos professores virão junto com a
valorização da profissão, “que terá seu piso salarial aumentado em 12% este
ano”.
Agencia Brasil