Os
professores da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e da Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia (Uesb) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado,
após se reunirem em assembleia geral, nesta quinta-feira, 4. Já a Universidade
Estadual De Santa Cruz (Uesc) votou pela manutenção do estado de greve. A
votação na Uneb aconteceu no teatro da instituição, no bairro do Cabula, em
Salvador. Foram 141 votos a favor da paralisação
imediata. A categoria ainda vai deliberar os próximos rumos da
greve. A decisão começa a valer a partir da próxima segunda, 08.
Na
quarta, 3, os docentes, que estavam em estado de greve desde o último dia 28,
ocuparam o prédio da reitoria da universidade como parte da agenda de
mobilização. Segundo a Associação dos Docentes da Universidade do Estado
da Bahia (Aduneb), mesmo após uma reunião com o governo na quarta, 3,
quando foi apresentada uma proposta como parte das reivindicações, a
avaliação da categoria é de que nenhuma proposta concreta foi apresentada.
A Aduneb ressaltou ainda que, conforme a
lei, a greve só começará 72h após a decisão tomada nesta quinta, 4. Dentre
as exigências, estão o respeito aos direitos trabalhistas.
Com a greve,
todos os 24 campi da instituição no estado estarão fechados até que haja uma
negociação com o governo e as demandas sejam atendidas.
Na
tarde desta quinta, os professores da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia (Uesb), em Vitória da Conquista (distante 517 Km de Salvador), também
decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. As atividades
docentes na Uesb serão suspensas a partir da próxima terça, 9, Antes, na
segunda, 8, eles fazem uma nova reunião com o governo.
Já os
professores da Universidade Estadual De Santa Cruz (Uesc), em Ilhéus (a
472 km de Salvador), votaram nesta quinta pela manutenção do estado de
greve. A categoria aguarda respostas em relação às reivindicações na
primeira rodada de negociação, agendada para a próxima segunda, 8. O resultado
será avaliado em assembleia na quarta, 10, quando a deflagração da greve volta
a ser apreciada.
Pauta dos Professores:
- Destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) do
Estado da Bahia para o orçamento anual das universidades estaduais. Atualmente
esse índice é de aproximadamente 5%;
- Reposição integral da inflação do período de 2015 a 2017, em uma única
parcela, com índice igual ou superior ao IPCA;
- Reajuste de 5,5% ao ano no salário base dos docentes para garantir a
política de recuperação salarial, referente aos anos de 2015, 2016 e 2017;
- Cumprimento dos direitos trabalhistas, a exemplo das promoções na
carreira, progressões e mudança de regime de trabalho. Atualmente, mais de 400
professores possuem seus direitos à promoção negados pelo Estado;
- Ampliação e desvinculação de vaga/classe do quadro de cargos de
provimento permanente do Magistério Público das Universidades do Estado da
Bahia.
Pauta dos Estudantes:
- Exigência do programa acompanhamento de saúde mental dos estudantes;
- Exigência do repasse integral dos recursos da Uneb;
- Construção do Restaurante Universitário;
- Continuar atendimento comunitário pelo DCV;
- Segurança patrimonial e do campus com iluminação pública e
recontratação dos seguranças demitidos;
- Transparência e prestação de contas;
- Exigir política efetiva de permanência e Assistência Estudantil;
- Reabertura imediata do Edital do Programa Mais Futuro, com pagamento
de bolsas no período de férias;
- Melhoria da acessibilidade no campus;
- Abertura de concurso público para contratação de professores e
técnicos;
- Construção da creche do campus.
Fonte: A Tarde