Os resultados da pesquisa de intenção de votos divulgada nessa
segunda-feira (15) pelo Ibope Inteligência - que aponta vantagem do
candidato Jair Bolsonaro (PSL) sobre Fernando Haddad (PT) na disputa
presidencial de 2º turno, com placar de 59% a 41% dos votos válidos (excluindo
nulos, brancos e indeciso) - se assemelham aos resultados das eleições
presidenciais de 2002 e 2006.
A lembrança é da diretora-executiva do Ibope, Marcia Cavallari. Segundo
ela, “os resultados são mais parecidos” com as eleições vencidas pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do que com os pleitos ganhos pela
ex-presidente Dilma Rousseff. Em suas duas vitórias, Lula obteve em torno de
61% dos votos válidos. Na campanha de 2010, Dilma atingiu 56%. Em 2014, o
percentual caiu para 51,6%.
Conforme Cavallari, os dados da última pesquisa eleitoral
“mostram homogeneidade” em favor de Jair Bolsonaro. O candidato do PSL vence
entre homens (58% das intenções de voto na pergunta estimulada, diante de 33%
de Haddad), entre mulheres (46% contra 40%), e em todas as faixas etárias. Há
preferência também entre brancos (60% contra 29%), pretos e pardos (47% contra
41%) e pessoas de outras raças ou cores (52% a 39%).
Bolsonaro também é preferido entre
evangélicos (66% contra 24%), e tem mais intenção de votos entre católicos (48%
contra 42%) e pessoas de outras religiões (44% contra 40%). Os dados são
nominais – diferente da totalização de votos válidos que não contabilizam
declarações de voto branco, nulo e de entrevistados indecisos.
Fernando Haddad vence apenas em três estratos, conforme
levantado pelo Ibope. O candidato do PT é o favorito na Região Nordeste (57%
contra 33%); entre os eleitores com até a 4ª série do ensino fundamental (52%
contra 41%); e pessoas com até um salário mínimo de renda familiar (53%
contra 38%). Jair Bolsonaro lidera nas demais regiões, faixas de escolaridade e
níveis de renda.
A pesquisa indica que os entrevistados
avaliam que Fernando Haddad “melhor representa os interesses” de pobres,
trabalhadores, aposentados e mulheres. A avaliação é de que Jair Bolsonaro
“melhor representa os interesses” de ricos, empresários e bancos.
Continua a seguir...