O Ministério da Saúde vai
decidir na próxima terça-feira (4) se passa a recomendar a aplicação de doses
fracionadas da vacina contra febre amarela. Nesse caso, é aplicada apenas 20%
da dose original do imunizante, o que garante a proteção do corpo contra a
doença por um ano. Se essa medida fosse adotada na Bahia, por exemplo, as 1, 4
milhões de doses já recebidas em 2017 dariam para imunizar 7 milhões de
pessoas. A medida seria uma forma de atender mais rapidamente a população
durante o surto da febre no país. O laboratório que produz a vacina para a rede
pública brasileira é de Manguinhos, da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Atualmente,
a unidade está atuando na sua capacidade máxima. O vice-presidente do Conselho
Regional de Medicina da Bahia, Júlio Braga, avalia que é necessária uma
discussão do ponto de vista ético e de custo, pois aplicar as doses fracionadas
implica em reimunizar a população no ano que vem com a dose plena. “Essa coisa
de fracionar a dose é para situações emergenciais e o Brasil ainda não entrou
nessa situação. A nível federal, isso vai ter que ser discutido”, disse Braga.
Porta da Saúde