O ex-pugilista Muhammad Ali
morreu na madrugada deste sábado (4), aos 74 anos, vítima de problemas
respiratórios. A lenda do boxe também lutava contra o mal de Parkinson desde o
início dos anos 80, pouco tempo após a sua aposentadoria, em 1981. Na última
quinta-feira (2), seu porta-voz, Bob Gunnell, comunicou que Ali estava
internado em um hospital de Scottsdale, no Arizona. O enterro foi em sua cidade
natal, em Louisville.
Nascido Cassius Marcellus
Clay Jr., na cidade no estado do Kentucky, em 17 de janeiro de 1942, Ali mudou
seu nome após converter-se ao islamismo, e escreveu uma história de lutas não
só dentro dos ringues. Campeão olímpico em 1960, nos Jogos de Roma, ele
conquistou o título dos pesos pesados em 64, após vencer Sonny Liston. A
revanche contra Liston aconteceu em maio do ano seguinte e terminou com um
polêmico nocaute, e com a provocação de Ali, que ficou parado ao lado do rival
e disse: “Levante-se e lute”, emendando ainda um palavrão.
Em 1967, Ali se recusou a
servir o exército norte-americano na Guerra do Vietnã. “Por que me pedem para
por um uniforme e viajar 10.000 milhas para jogar bombas e atirar em pessoas
morenas no Vietnã, enquanto as pessoas chamadas de negras em Louisville são
tratadas como cães e lhes negam direitos básicos?”, questionou ao ser
interrogado pelo exército. Por isso, foi banido do boxe por três anos,
sentenciado a cinco anos de prisão e uma multa de US$ 10 mil.
Em liberdade enquanto o caso
era julgado, ele só voltou aos ringues em 1970, quando nocauteou Jerry Quarry
no terceiro round. No ano seguinte, travou com Joe Frazier a “Luta do Século”,
a qual perdeu após 15 rounds, na sua primeira derrota como profissional. Também
em 1971, a Suprema Corte dos Estados Unidos retirou as acusações de
insubmissão, encerrando o imbróglio judicial. Em janeiro de 1974, Ali teve sua
revanche contra Frazier no Madison Square Garden, em Nova York, vencendo por
decisão dos árbitros após 12 rounds.
As informações são da ESPN.