Empresas que fornecem materiais cirúrgicos
para diversos hospitais públicos da Bahia decidiram iniciar um boicote contra o
governo estadual, mais especificamente a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).
O motivo alegado é uma dívida do Executivo Baiano com os grupos que passa dos
R$ 20 milhões. O boicote será contra licitações da pasta e pode levar até a um
desabastecimento de materiais essenciais para a rede da Sesab, como catéteres,
sondas, coletores, agulhas, máscaras e outros itens, usados inclusive em
cirurgias, chamados de produtos de Penso. A afirmação é do gerente comercial de
uma das fornecedoras, a JMFAR. Márcio Gonçalves explicou ao Bahia Notícias que
cerca de 35 empresas – incluindo de estados como São Paulo e Paraná – estão sem
receber verbas da Sesab, algumas desde abril. “É até difícil calcular o valor
[da dívida], pois não temos acesso aos dados da secretaria. Mas, posso dizer
que é superior a R$ 20 milhões”, calculou. O boicote a novas licitações prevê a
presença dos fornecedores no momento da entrega de propostas, que eles irão
formalmente se recusar a fazer, além de “pedir ao pregoeiro que registre em ata
que as empresas estão se recusando a participar da licitação por falta de
pagamento do Estado”. Nesta terça-feira (18) foram realizados protestos em
frente aos hospitais Couto Maia, Roberto Santos e HGE. Já nesta quarta-feira
(19), será feita uma manifestação, pela manhã, em frente ao Ernesto Simões, onde
deve acontecer um dos pregões.
Márcio ainda acusou a Sesab de dar um “cala-boca” para os fornecedores, liberando apenas uma pequena parte dos recursos, que “não dão para nada”. Segundo ele, o único pagamento recente que teve um valor substancial foi de R$ 12 milhões, o que cobriu parte da dívida, que passava de R$ 30 milhões. “Pagamos o ICMS antecipado para o governo e ficamos sem receber, mesmo com a entrega dos produtos e o pagamento dos nossos fornecedores”, disse o gerente, que ainda alertou a possibilidade de companhias fecharem as portas por falta de recursos: “se não aconteceu ainda, está próximo”. Os empresários estiveram reunidos com o diretor da Rede Própria de Gestão Direta da Sesab (responsável por administrar os hospitais), José Walter, e com o diretor do Fundo Estadual de Saúde (Fesba), Egídio Borges, responsável por efetuar os pagamentos. “A alegação que eles deram é de que a Sefaz [Secretaria Estadual da Fazenda] não está liberando os recursos. Solicitamos uma reunião com a Sefaz, que deve acontecer até a próxima semana”, adiantou Márcio. Os empresários também aproveitaram a reunião interna entre fornecedores para iniciar a articulação em busca da criação de um sindicato para representá-los e definir outras pautas que serão entregues a Sesab: isenção de multas por atraso no fornecimento aos hospitais, maior prazo para a entrega dos pedidos e alíquota de ICMS equiparada com outros estados. Entre as empresas também estão a Lu Médica e a União Médica.
Márcio ainda acusou a Sesab de dar um “cala-boca” para os fornecedores, liberando apenas uma pequena parte dos recursos, que “não dão para nada”. Segundo ele, o único pagamento recente que teve um valor substancial foi de R$ 12 milhões, o que cobriu parte da dívida, que passava de R$ 30 milhões. “Pagamos o ICMS antecipado para o governo e ficamos sem receber, mesmo com a entrega dos produtos e o pagamento dos nossos fornecedores”, disse o gerente, que ainda alertou a possibilidade de companhias fecharem as portas por falta de recursos: “se não aconteceu ainda, está próximo”. Os empresários estiveram reunidos com o diretor da Rede Própria de Gestão Direta da Sesab (responsável por administrar os hospitais), José Walter, e com o diretor do Fundo Estadual de Saúde (Fesba), Egídio Borges, responsável por efetuar os pagamentos. “A alegação que eles deram é de que a Sefaz [Secretaria Estadual da Fazenda] não está liberando os recursos. Solicitamos uma reunião com a Sefaz, que deve acontecer até a próxima semana”, adiantou Márcio. Os empresários também aproveitaram a reunião interna entre fornecedores para iniciar a articulação em busca da criação de um sindicato para representá-los e definir outras pautas que serão entregues a Sesab: isenção de multas por atraso no fornecimento aos hospitais, maior prazo para a entrega dos pedidos e alíquota de ICMS equiparada com outros estados. Entre as empresas também estão a Lu Médica e a União Médica.
Fonte: Poder & Política