O
médico Nelson Teich, que deixou o cargo de ministro da Saúde hoje (15),
fez um pronunciamento de despedida, no qual fez um balanço da sua curta atuação
à frente da pasta. Ele assumiu há cerca de um mês, no lugar de Luiz Henrique
Mandetta. O substituto ainda não foi anunciado pelo governo federal.
Teich disse que escolheu
sair, que “deu o melhor” de si e que aceitou o convite “não pelo cargo”, mas
“porque queria tentar ajudar as pessoas”. Ele não entrou em detalhes sobre as
razões da saída. Havia divergências entre ele e o presidente Jair Bolsonaro
sobre temas como o distanciamento social e o uso da cloroquina para o
tratamento da covid-19.
Ele agradeceu à sua equipe,
que “sempre o apoiou”, e destacou a importância do trabalho conjunto do governo
federal com os conselhos de secretários estaduais e municipais de Saúde,
lembrando que o Sistema Único de Saúde (SUS) é “tripartite”. Terminou
defendendo o Sistema SUS, observando que é “cria do sistema público”.
O agora ex-ministro fez um
balanço da sua curta gestão. Começou destacando que “não é simples estar à
frente de ministério como este num momento difícil”. Mas ressaltou as ações que
realizou, como o plano de diretrizes para o distanciamento, o plano de testagem
e as medidaas de apoios aos locais mais afetados.
“Deixo um plano de trabalho
pronto para auxiliar os secretários estaduais e municipais a tentar entender o
que está acontecendo e pensar próximos passos. Quais são os pontos que precisam
ser avaliados, os pontos críticos para considerar na tomada de decisão”,
declarou.
Teich elencou também o
programa de testagem, que está “pronto para ser implementado”. “Isso vai ser
importante para entender a situação da covid-19, o que é fundamental para
definir estratégias e ações”, acrescentou.
O
ex-ministro enfatizou a importância da ida a locais muito afetados pela
pandemia. “É fundamental estar na ponta, entender o que acontece no dia a dia,
ver o que está sendo feito. Este entendimento foi importante para desenho de
ações implementadas em seguida. Cada cidade que a gente vai a gente está melhor
preparado para o desafio”, disse.
Ele lembrou que, para além
das respostas à pandemia, atuou também em outros temas. “Traçamos aqui um plano
estratégico. As ações foram iniciadas e [isso] deve ser seguido. É importante
lembrar que durante este período temos foco total na covid-19, mas temos um
sistema que envolve várias outras doenças. Em todo tempo que a gente trabalhou
e passou por este momento, todo o sistema é pensado em paralelo."
Ele terminou agradecendo o
presidente Jair Bolsonaro pela oportunidade à frente do Ministério da Saúde e
também aos profissionais da área. “Agradeço os profissionais de saúde mais uma
vez. Quando você vê o dia a dia das pessoas, você se impressiona. Ao lado dos
pacientes, correndo risco”, pontuou.
Fonte:
Agencia Brasil
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