Um grupo de
manifestantes se reuniu neste domingo (3) em frente ao Museu Nacional, em
Brasília, em ato de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e de críticas ao STF
(Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso. Em
seguida, foi organizada uma carreata em direção ao Palácio do Planalto, de onde
Bolsonaro saiu em direção aos manifestantes.
O
ato promoveu aglomerações num momento que Brasil tem mais de 6.000 mortes pela
Covid-19 e 96 mil casos confirmados. Uma carreata teve início por volta das
10h30, descendo a Esplanada dos Ministérios em direção à Praça dos Três
Poderes, onde chegaram por volta das 11h30.
Embalados
por palavras de ordem e cartazes com críticas ao ex-ministro Sergio Moro, que
deixou o governo recentemente, apoiadores afirmavam que estão "fechados
com Bolsonaro". Ao chegar a frente ao Congresso, o grupo deixou os carros
e desceu em direção ao Palácio do Planalto diante da promessa feita por um dos
organizadores de que Bolsonaro apareceria para vê-los.
Durante
a caminhada foram entoados gritos de apoio ao presidente e de críticas a Moro e
a Alexandre de Moraes, do STF, que barrou a nomeação de Alexandre Ramagem,
amigo da família Bolsonaro, para o comando da Polícia Federal. Moro, chamado no
sábado (2) de Judas pelo presidente, recebeu palavras ofensivas do grupo, como
"canalha" e "moleque de Curitiba".
Entre
as mensagens dos cartazes havia "Armas para cidadãos de bem",
"Fora Maia", "Fora Alcolumbre".
Os manifestantes entoaram o hino nacional e rezaram um
Pai Nosso em frente à Catedral Metropolitana. Em frente ao STF, alguns gritaram
"vamos invadir". "Olé, olé, STF é puxadinho do PT".
Em
meio às críticas a Moro, feitas em um microfone de um caminhão de som, uma
apoiadora gritou que o ex-juiz é aliado ao Centrão.
O grupo de partidos, formado por legendas como MDB, PP,
PL, Solidariedade, DEM e Republicanos, tem feito tratativas de apoio a
Bolsonaro e deve ganhar novos cargos no governo.
Entre as músicas tocadas no ato, foi colocada
"Brasil", de 1988, na voz de Cazuza. A letra era ao mesmo tempo uma
celebração ao processo de redemocratização do Brasil, mas com críticas à classe
política pela forma como foi feita a reabertura do país pós-Ditadura.
Bastidores do Poder
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