O presidente
Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 2, que as ações do governo para o
pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 estão "a todo vapor" e que
o pagamento já deve começar na semana que vem. A lei sobre o voucher foi
sancionada ontem pelo presidente, mas ainda não foi publicada no Diário
Oficial da União (DOU).
"Tá a
todo vapor, semana que vem começa a pagar", assegurou. O texto determina
pagamento de R$ 600 por três meses para os trabalhadores informais,
intermitentes e microempreendedores individuais poderem ficar em casa durante o
pico da crise do novo coronavírus. O valor foi negociado com o governo
justamente para permitir que quem não pode sair para trabalhar tenha uma renda.
Ainda falta, contudo, editar uma medida provisória com previsão do crédito
extra para arcar com os R$ 98 bilhões do custo total do programa.
"Eu
assinei ontem (quarta-feira) a lei, estamos esperando assinar outra medida
provisória por que não adianta dar um cheque sem fundo, tem que ter um crédito
também", afirmou.
Questionado se a MP seria publicada ainda hoje, Bolsonaro
disse apenas "deve ser" e falou sobre a burocracia "enorme"
do processo. "Uma canetada minha errada é crime de responsabilidade. Dá
para vocês entenderem isso ou vocês querem que eu cave minha própria sepultura?
Não vou dar esse prazer para vocês", declarou para jornalistas que o
ouviam na saída do Palácio da Alvorada.
A sanção do projeto anunciada pelo presidente veio
acompanhada com um veto ao aumento do limite de renda para acesso ao Benefício
de Prestação Continuada (BPC). Sobre o assunto, Bolsonaro justificou que o
Congresso não indicou a fonte dos recursos para incluir a medida.
"O que diz a lei é que tem que ter uma origem para
pagar aquele recurso, para pagar aquele benefício. Qual a fonte? O Congresso
não apresentou a fonte", afirmou. Ele destacou que a previsão de indicar o
recurso é "simples" e está na Constituição.
Bastidores do Poder
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