O ministro
da Saúde, Nelson Teich, disse que a pasta não recomendou, até o momento, o uso
da cloroquina fora do ambiente hospitalar e voltado apenas para pacientes em
estado grave ou crítico da doença covid-19. O que foi decidido nesta
quinta-feira, 23, segundo Teich, foi dar uma "autorização" para que o
Conselho Federal de Medicina (CFM) possa liberar a prescrição do remédio a
pacientes em estado leve da doença, sem que os médicos corram riscos de serem
punidos por isso.
"O
CFM veio trazer um posicionamento da instituição. O que ficou decidido é que
fica a critério do médico, seja no hospital ou em nível ambulatorial, o que é
um pouco diferente do que a gente tem no Ministério da Saúde, que é o uso no
paciente hospitalizado, em estado grave ou crítico", comentou Teich.
Nelson
Teich, que hoje completou uma semana à frente da pasta, disse que o ministério
segue com a mesma avaliação que já tinha sobre o assunto. "É importante
deixar claro que permitir o uso ao critério do médico não representa uma
recomendação do Ministério da Saúde. A recomendação vai acontecer, seja com
hidroxicloroquina ou qualquer outro medicamente, no dia que a gente tiver uma
evidencia científica clara de que o medicamento funciona", comentou.
"Isso é importante falar para deixar claro que não é não é uma
recomendação nossa, é uma autorização. Recomendação depende de estudos
científicos."
O CFM alega
que, apesar de reconhecer que não há ainda comprovação de segurança e eficácia
do tratamento, sua liberação ocorre devido à excepcionalidade da pandemia. Os
médicos já receitavam, se julgassem necessário, estes medicamentos para casos
leves da doença. O que muda, agora, é que existe respaldo do CFM de que, nestas
circunstâncias, não seja cometida uma infração ética pelo médico prescritor. A
aplicação da droga como forma preventiva, para pessoas sem sintomas ou sem
confirmação da covid-19, não foi autorizada.
Bastidores do
Poder
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