O presidente
Jair Bolsonaro voltou a pedir nesta sexta-feira, 27, o fim do isolamento social
como método para conter o avanço do novo coronavírus e afirmou que
"infelizmente" alguns brasileiros irão morrer ao contrair a doença.
"Infelizmente
algumas mortes terão, paciência, acontece, e vamos tocar o barco. As
consequências, depois dessas medidas equivocadas, vão ser muito mais danosas do
que o próprio vírus", disse o presidente em entrevista ao apresentador
José Luiz Datena durante programa Brasil Urgente, da Band. Bolsonaro afirmou
ainda que a população tem de retomar o trabalho.
"O brasileiro quer trabalhar, esse negócio de
confinamento aí tem que acabar, temos que voltar às nossas rotinas. Deixem os
pais, os velhinhos, os avós em casa e vamos trabalhar. Algumas mortes terão,
mas acontece, paciência".
Na
terça-feira, 24, Bolsonaro fez um pronunciamento em rede nacional de rádio e
TV pregando a reabertura de escolas e do comércio. Na quinta, 26, o Planalto
lançou campanha publicitária chamada "O Brasil não pode parar" para
defender a flexibilização do isolamento social.
A estratégia do Planalto vai na contramão do esforço
mundial para o combate à propagação da doença e levou o governo federal a um
embate com governadores dos Estados. O presidente afirmou que as pessoas correm
o risco de perder o emprego se o período de isolamento social for prolongado,
porque a economia já está parando. "O que vai acontecer com o Brasil? Vão
quebrar o Brasil por causa do vírus", disse ele.
Na entrevista a Datena, Bolsonaro afirmou, ainda, que
está havendo um "verdadeiro alarmismo" por parte de autoridades que
incentivam o isolamento social sem prazo para terminar. "Não podemos agir
irresponsavelmente", insistiu ele, ao afirmar que há pessoas que querem se
"esconder" atrás do vírus.
"Tá errado esse método do confinamento, mas os
governadores têm liberdade para fazer isso aí. Tá faltando bom senso por parte
de algumas autoridades do Executivo estaduais e municipais", afirmou.
"A gente estava decolando na economia, criamos mais de um milhão de
empregos ano passado. Perdemos já tudo isso aí. Por quê? Alguns agindo de forma
assodada. Fazendo concorrência: eu fechei tudo no meu município. Não deu
certo."
Bastidores
do Poder
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