O
presidente Jair Bolsonaro disse hoje (14) que o governo deve autorizar um novo
reajuste para o salário mínimo de 2020, para repor a inflação de 2019. O
cálculo do governo que elevou o valor de R$ 998 para R$ 1.039 considerou uma
inflação mais baixa do que a registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE).
O
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou 2019 com alta de 4,48%,
de acordo com os dados divulgados na semana passada.
Por lei, esse é o índice usado para o reajuste do salário mínimo, embora a
inflação oficial seja a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano de
2019 em 4,31%.
A
alta no preço da carne teve
um peso grande no aumento dos indicadores. Nesta tarde, Bolsonaro vai se reunir
com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para definir o novo valor e como a
medida será encaminhada ao Congresso, que ainda precisa votar a Medida
Provisória que definiu o primeiro valor do salário mínimo.
“Acho que tem brecha para a
gente atender [o reajuste]. A inflação de dezembro foi atípica [com] pico por
causa do preço da carne. A ideia é [repor] a inflação, o mínimo, né?! Agora,
cada um real [de reajuste] aumenta mais ou menos R$ 300 milhões no orçamento. A
barra é pesada. Apesar de ser pouco o aumento, R$ 4 ou R$ 5, mas tem que
recompor”, disse o presidente ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta
terça-feira.
O governo pretende ainda anunciar nesta semana medidas
para diminuir a fila de espera por benefícios do Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS). De acordo com Bolsonaro, uma dessas medidas deve ser a
contratação de servidores ou militares da reserva.
“A gente pretende contratar,
a lei permite, servidores ou militares da reserva pagando 30% a mais do que
eles ganham, para a gente romper essa fila que aumentou muito por ocasião da
tramitação da reforma da Previdência”, explicou o presidente.
Sobre as reformas tributária
e administrativa que o governo deve enviar esse ano ao Congresso, Bolsonaro
disse que está confiante na aprovação, “sem muito atrito” com o Lesgislativo.
“A minha ideia é fazer da melhor maneira possível para que possa ser aprovada
sem muito atrito. A economia está recuperando, mas se nós pararmos na reforma
[da Previdência] pode perder o que ganhou até agora. O Congresso está bastante
consciente disso, acredito que não tenhamos grande dificuldade se apresentarmos
boas propostas”, disse.
Agencia
Brasil
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