O delegado Giniton Lages, chefe da Delegacia de Homicídios do
Rio de Janeiro, disse hoje (12) que a Polícia Civil vai
investigar a possível existência de um terceiro envolvido no assassinato da
vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, há quase um
ano. Segundo ele, um homem estava no banco do motorista e outro sentado atrás e
não há, por enquanto, informações sobre um terceiro integrante, o que será
apurado durante a segunda fase da investigação.
"Estamos caminhando para a confirmação de um motorista e um
passageiro no banco de trás do automóvel", afirmou.
"O fato é que os dois estão presos. Se o terceiro está no banco
do carona ou não, a segunda fase cuidará dele."
De acordo com
o delegado, Ronnie Lessa, sargento reformado da Polícia Militar, chegou a usar
informações sobre Marielle que constavam apenas em um portal de acesso restrito
a agentes de segurança. Além de ser policial reformado, ele atuou na Polícia
Civil e foi treinado no Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Testemunhas do
crime disseram à polícia que o atirador usava uma touca ninja no momento dos
disparos, o que dificultou a investigação, uma vez que não seria possível o
reconhecimento ou a identificação dele em câmeras. Por enquanto, a polícia
trabalha com dois suspeitos envolvidos diretamente no crime.
Os policiais
também investigaram se Ronnie Lessa sofreu uma tentativa de queima de arquivo
no mês seguinte ao crime. O policial reformado foi baleado, mas a Polícia Civil
trabalha com a hipótese de tentativa de roubo.
Durante o
cumprimento dos mandados de busca e apreensão, a polícia localizou um paiol em
um dos endereços, com grande quantidade de fuzis novos. As armas devem ser
apresentadas pelos agentes ainda hoje.
Agencia Brasil
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