O autoproclamado presidente
interino da Venezuela, Juan Guaidó, ordenou hoje (6) às Forças Armadas que
permitam a entrada de ajuda humanitária no país. "De novo, às Forças
Armadas, uma ordem direta: permitam a entrada da ajuda humanitária necessária
para atender as suas famílias, irmã, mãe, mulher que, com certeza, necessitam
de suprimentos e alguns deles, lamentavelmente, com certeza também terão
infecções", disse.
Juan Guaidó
falava em Caracas, na Universidade Católica Andrés Bello, durante um evento com
representantes agroindustriais, da Federação de Produtores de Gado da Venezuela
e da Confederação das Associações de Produtores Agropecuários da Venezuela.
Desde
o passado 23 de janeiro, dia em que se autoproclamou presidente interino
da Venezuela, Juan Guaidó tem insistido que os militares devem permitir a
entrada de ajuda humanitária no país, proveniente de três centros de
acolhimento internacionais, no Brasil, na Colômbia e numa ilha das Caraíbas.
A
ajuda humanitária internacional destina-se, inicialmente, ao atendimento de
mais de 300 mil pessoas que estão em risco no país, adiantou
segundo Guaidó. A imprensa venezuelana aponta aa existência de ajuda
humanitária na localidade colombiana de Cucúta, nas proximidades da fronteira.
Também
que no dia de hoje supostos militares teriam bloqueado, do lado
venezuelano, uma ponte que liga o país à Colômbia, na localidade de Tienditas. De
acordo com Alba Pereira, da organização não-governamental Between Two Lands, a
circulação pela ponte foi bloqueada por funcionários da Guarda Nacional
Bolivariana (polícia militar).
Segundo
o deputado opositor venezuelano Franklyn Duarte, os militares bloquearam a
estrutura por supor que a ajuda humanitária passaria por lá para entrar na
Venezuela.
Para Juan Guaidó, a recepção de ajuda humanitária é um
"teste" às Forças Armadas Venezuelanas que terão de decidir entre
permitir a entrada daquela ou continuar leais, como até agora têm estado, ao
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Bastidores
do Poder
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