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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Os primeiros dias de “Bate cabeças” do governo Bolsonaro – Paulinho Santos



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Desde o dia 01 de Janeiro de 2019, os olhares da nação e da imprensa estão ávidos a observar os primeiros passos do governo do presidente da república Jair Messias Bolsonaro (PSL). 
E observar-se que, algumas palavras já estão em evidencia na gestão do presidente e sua equipe como: mudar de ideia, desistir, voltar atrás, negar e recuar, todas essas situações chamam atenção. 
Durante esses dez dias do novo comandante do planalto, o presidente e seus ministros já retrocederam em seis propostas anunciadas, chegando a causar constrangimento público.
Vários desencontros dos anúncios, nos primeiros dias, Bolsonaro chegou a anunciar durante uma entrevista, que assinou um decreto de aumento do (IOF) Imposto sobre Operações de Crédito, para que houvesse incentivos fiscais para o Norte e Nordeste. No mesmo dia em poucas horas, o secretário da receita, Marcos Cintra, negou que o governo federal fosse aumentar o IOF. Chegou ao ponto do chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, dizer que o presidente havia se enganado ao anunciar o aumento do IOF.
Outro episódio foi com Pedro Guimarães, novo presidente da Caixa Econômica Federal, teve que revisar o discurso um dia após ter informado que elevaria as taxas de juros no crédito imobiliário para toda classe média. Pedro em uma nova entrevista falou que: “as linhas endereçadas à essa da parcela da sociedade, seguirão níveis que estão sendo praticados no restante do mercado”.
Nas políticas de relações exteriores, Bolsonaro chegou a registrar mudança de pensamento. Tirou da pauta a saída da embaixada brasileira em Israel, de Tel-Aviv para Jerusalém, já que houve uma pressão do mundo Árabe, e consequentemente o presidente desistiu de abrigar uma possível base militar dos Estados Unidos aqui no Brasil.
Uma outra situação de mudança de fala foi em relação ao acordo entre Embraer e a Boing. Alguns ministros chegaram a desmentir a possiblidade de interromper o acordo, pois como poderia surgir uma empresa nova de aviação comercial com valor estimado em US$ 5 bilhões?

Ontem (9), uma outra situação atrapalhada foi a recente situação envolvendo o (MEC) Ministério da Educação, conforme constava no edital que foi publicado no dia 2 de Janeiro, referências bibliográficas não seriam mais obrigatórias em livros didáticos, como também as exigências de que não contivesse material publicitário e erros de revisão. Com grande repercussão negativa nas redes sociais, o Ministério da Educação (MEC) publicou uma nota, no fim da tarde desta quarta (9), suspendendo mudanças nos livros.

Até a presente data, elencamos aqui algumas situações que nos chamam atenção. O governo Bolsonaro, tem dez dias, mas já sente como se tivesse alguns meses de gestão e tudo isso é muito embrionário para termos uma conclusão da sua administração, mas uma coisa é certa, a quantidade de luzes de alerta acessas nos últimos dias, indicam turbulência no comando desta nave grandiosa chamada Brasil e é preciso muita cautela, responsabilidade e acima de tudo sabedoria para termos êxito nesta nova viagem.


Paulinho Santos (Graduado em Administração de Empresas/ Rádio e TV com habilitação em Jornalismo, registro SRTE-BA 4842).


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