O
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, suspendeu
há pouco a decisão do ministro Marco Aurélio que determinou a soltura de todos
os presos que tiveram a condenação confirmada pela segunda instância
da Justiça.
O ministro atendeu a um
pedido de suspensão liminar feito pela procuradora-geral da República, Raquel
Dodge.
Com a decisão, a liminar
(decisão provisória) de Toffoli terá validade até o dia 10 de
abril de 2019, quando o plenário do STF deve julgar novamente a
questão da validade da prisão após o fim dos recursos
na segunda instância
O
julgamento foi marcado antes da decisão de hoje (19) do ministro Marco
Aurélio.
Ao justificar a suspensão da
decisão, Toffoli disse que Marco Aurélio contrariou "decisão
soberana" do plenário que, em 2016, autorizou a prisão
após segunda instância. "A decisão já tomada pela maioria dos
membros da Corte deve ser prestigiada pela presidência", decidiu
Toffoli.
O entendimento atual do
Supremo permite a prisão após condenação em segunda instância, mesmo
que ainda seja possível recorrer a instâncias superiores. Essa compreensão
foi estabelecida em 2016 de modo provisório, com apertado placar de 6 a 5. Na
ocasião, foi modificada jurisprudência que vinha sendo adotada desde 2009.
O assunto voltará ao plenário da Corte, em 2019, quando os
ministros irão analisar o mérito da questão.
Agencia Brasil
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