O
candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, não
poupou hoje (23) críticas à campanha adversária de
Jair Bolsonaro (PSL) e também ao vice na chapa dele, general Hamilton Mourão. O
petista chamou Mourão de “torturador” e disse que ele “nunca teve importância
no Exército”.
"Bolsonaro
nunca teve nenhuma importância no Exército. Mas o Mourão foi, ele próprio,
torturador. Ver um ditador como eminência parda de uma figura como Bolsonaro
deveria causar temor em todos os brasileiros minimamente comprometido com o
Estado Democrático de Direito", disse Haddad durante sabatina promovida
pelas Organizações Globo, reunindo jornais impressos, sites e
emissoras.
Ao
fazer a afirmação, Haddad se baseou em declaração do cantor Geraldo Azevedo,
que disse ter sido torturado por Mourão. Porém, o próprio artista veio a
público para dizer que se equivocou.
Para o candidato do PT, a
eventual vitória de Bolsonaro será um retrocesso no Brasil. “Contra aquilo que
considero que será um grande atraso, um retrocesso retumbante no país, que é a
vitória de um rebotalho da ditadura, que é o que sobrou dos
porões”, disse.
Haddad
rechaçou a afirmação de que a insistência na candidatura do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva foi um erro estratégico do PT. Para ele, erro foi não
prever o uso de redes sociais para impulsionar conteúdos falsos contra o partido.
O candidato reiterou as
acusações à campanha de Bolsonaro sobre um "novo caixa 2" por meio de
um sistema de envio de mensagens em massa, na plataforma do WhatsApp, com o
financiamento de empresários. “Só a minha vice [Manuela d'Ávila] foi alvo de 13
milhões de notícias falsas”, disse.
Ainda
sobre as fake
news que invadiram as redes sociais, Haddad
disse não usaria de mentiras para atacar um outro candidato. “Honra não
tem partido.”
Agencia Brasil
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