O geólogo Marcos Mendes foi entrevistado
pelo bahia.ba na
série de conversas com os candidatos ao governo da Bahia nas eleições deste
ano. Em sua terceira candidatura ao Palácio de Ondina pelo PSOL, ele
atribui a baixa intenção de voto medida em pesquisas eleitorais à pouca
exposição pública das suas idéias e falta de dinheiro. Para o psolista, a baixa
viabilidade eleitoral da legenda na Bahia pode ser explicada por um sistema
político “extremamente injusto”.
“A
gente diz que é sempre o tostão contra o milhão, Davi contra Golias. PT, PSDB e
o MDB tiveram quase 10 vezes o que nós tivemos de Fundo Partidário. Eu vou
colocar a real para vocês: eu tive R$ 106 mil para a candidatura aqui na Bahia,
sendo que 20% ficou para a televisão e 20% para a nossa co-governadora. Eu
fiquei com R$ 60 mil para fazer campanha no estado da Bahia todo. É realmente
muito difícil fazer campanha assim”, afirma o candidato do PSOL.
Ainda
segundo Mendes, mais da metade dos baianos não tem acesso aos debates
televisivos, que ele considera um trunfo para ganhar o eleitor. “Você sabia que
aquele debate [da Band] não deve ter chegado para uns 70% dos baianos? Você vai
para o interior e a Band não funciona. A Band tem uma repetidora, [que passa
conteúdo] de São Paulo, Rio e Minas Gerais. Então, os baianos não assistem
debate”.
O psolista
também fala de suas propostas e diz que, caso eleito, suas primeiras ações
seriam buscar o combate à desigualdade social e ampliar a participação popular
no governo, por meio de referendos, plebiscitos e conselhos populares. “Aqui
não tem referendo na nossa Constituição estadual. Plebiscito só para constituir
ou desconstituir município. Nós temos uma Constituição extremamente
ditatorial”, opina.
Bahia.ba
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