O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC)
inicia hoje (18) a sexta reunião deste ano para definir a taxa básica de juros,
a Selic. A segunda parte do encontro ocorrerá amanhã (19), quando será
anunciada a decisão no fim do dia. Para instituições financeiras consultadas
pelo BC, a Selic deve
permanecer em 6,5% ao ano, pela quarta
vez seguida. Nas três últimas reuniões, o Copom optou por manter a Selic,
depois de promover um ciclo de cortes que levou a taxa ao menor nível
histórico.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos
públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de
referência para as demais taxas da economia. Ao reduzir os juros básicos, a
tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo.
Entretanto, as taxas de juros do crédito não caem na mesma proporção da Selic.
Segundo o BC, isso acontece porque a Selic é apenas uma parte do custo do
crédito. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de
que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de
inflação.
A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica
que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta
de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC. Quando o Copom aumenta a
Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos
preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Ao definir a taxa Selic, o BC está em busca de atingir a meta de
inflação, que é de 4,5% neste ano, com limite inferior de 3% e superior de 6%.
Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Para o mercado
financeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai fechar o
ano abaixo do centro da meta, em 4,09%. Para 2019, a estimativa é 4,11%.
Agencia Brasil
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