A
Mesa Diretora da Câmara dos Deputados se reunirá no dia 7 de agosto para
discutir a situação do deputado afastado Paulo Maluf (PP-SP). Atualmente, o
parlamentar cumpre prisão domiciliar em São Paulo após ter sido condenado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de lavagem de dinheiro.
Na condenação, os ministros do STF entenderam que Maluf
deve perder o mandato parlamentar. A medida, entretanto, depende da Mesa Diretora
da Câmara para ser aplicada, razão pela qual ele se manteve o cargo. A decisão
de perda da função cabe exclusivamente aos membros da Mesa Diretora, composta
pelo presidente da Câmara e dois vice-presidentes, e pela secretaria, que reúne
quatro membros titulares e mais quatro suplentes. Dessa forma, o processo de
Maluf não será analisado pelo plenário da Casa.
Maluf
cumpre pena de 7 anos e 9 meses de reclusão em casa, em São Paulo, após
condenação por desvios em obras quando foi prefeito da capital paulista. Ele
chegou a ser preso por três meses em regime fechado, em Brasília, mas teve o
direito a regime domiciliar concedido pelo plenário do STF em maio.
No mês de maio, o parlamentar afastado foi novamente
condenado, por unanimidade, pela Primeira Turma STF por falsidade ideológica
com fins eleitorais devido a fraudes na prestação de contas de sua campanha
eleitoral de 2010. A pena é de 2 anos e 9 meses de prisão em regime semiaberto,
convertido para domiciliar.
Na Câmara, Maluf responde a um processo no Conselho de
Ética protocolado em fevereiro pela Rede. Na ocasião, o partido pediu a
cassação do parlamentar por quebra de decoro parlamentar. Atualmente, o
processo aguarda apreciação do plano de trabalho apresentado pelo relator,
deputado João Marcelo Souza (MDB-BA), no início deste mês.
Informe
Baiano
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