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terça-feira, 12 de junho de 2018

Vamos falar sobre relacionamentos! – Por Laura Côrtes


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Em homenagem ao Dia dos Namorados vou fazer uma série de textos sobre diferentes assuntos com a temática relacionamento. Embora seja uma data comercial, escolhi falar sobre este tema, porque o Dia dos Namorados, com suas propagandas massivas, atinge a todas as pessoas de maneira geral, claro que em níveis e pontos diferentes. E é justamente do aspecto emocional do impacto desta data na vida das pessoas, sejam elas solteiras ou não, que irei comentar.
Aqueles que têm companheiros e estão num momento fluido e saudável de suas relações, geralmente, se sentem mais confortáveis com a data. Já quando o casal não está bem, a questão fica mais complexa e confusa. E quando as pessoas estão solteiras, esta data costuma trazer um sentimento de culpa, frustração e consequentemente autodesprezo e autopunição.
Em todas as situações, é preciso estar atento ao sistema de crenças envolvido, que cada indivíduo é responsável. A Terapia Transpessoal e a metodologia Pathwork trabalham muito com as crenças, que nada mais são que generalizações e conclusões erradas que a pessoa traz desde a infância de forma inconsciente. Esse padrão de crença, que determina o padrão de sentir, agir e pensar produz uma frequência vibratória, um campo energético e magnético que atrairá pessoas e situações deste mesmo nível.
Por exemplo, um homem que concluiu erroneamente na infância e generalizou que as mulheres não são de confiança, esta crença inconsciente quando não trabalhada (de modo a entender sua função e revelar que se trata de uma ilusão) estará atuando e atraiando, como um ímã, situações e pessoas que comprovem que de fato as mulheres não são de confiança. Por mais que o desejo consciente deste homem seja de estar com uma mulher confiável, ele espera que as mulheres que se aproximarão dele não são de confiança, então ele se fecha para outras possibilidades.
Se você vive em um relacionamento que é um campo de batalha, vive atritado com o companheiro e se encontra confuso quanto a se separar ou não, ou se você está solteiro e deseja ter um parceiro, te convido a analisar suas crenças. Reflita sobre os padrões rígidos que você se impõe e impõe ao outro (seu atual companheiro ou um possível pretendente). Este é o momento de se responsabilizar, de você olhar para dentro de forma honesta.
Nós precisamos entender profundamente que nos relacionamos e amamos de forma imperfeita. O ser humano é falho, temos qualidades e defeitos, luz e sombra, este é o mundo da dualidade. Por isso, a nossa tendência é de classificar as pessoas e nós mesmos no lado bom ou ruim. E temos mais expectativa daquelas que estão no lado bom, portanto, temos mais exigências destas pessoas. Não temos o costume de colocar as pessoas e situações numa perspectiva ampla, que inclui o bom e o mal ao mesmo tempo.
Estas exigências, que fazem parte do nosso medo de amar de forma plena, acabar estabelecendo regras rígidas, que nos leva a tentar mudar o outro. Esta rigidez, muitas vezes, traz os gatilhos para depressões, pânicos e estados emocionais ruins. Neste momento, a pessoa precisa ter em mente quais são seus critérios, seus valores que são importantes para você na relação e quais são seus sistemas de crenças. E dar o passo seguinte.
Aceitar o que vêm das pessoas, sem esperar muita coisa em troca. Aceitar seu companheiro do jeito que ele é. As pessoas podem ser o que quiserem ser, nós todos temos o livre arbítrio para fazer e ser o que quiser (claro que todo ato tem a sua consequência) e não podemos mudar o outro, apenas a nós mesmos. Eu não falo que ao aceitar a pessoa como ela é a gente deva aceitar tudo que ela faz. Não é isso! É estar atenta para quando você quer que a outra pessoa atenda as suas expectativas irreais sobre o que você gostaria que ela fosse. Para que você não cobre da outra pessoa um nível de perfeição irreal.
Não adianta querer que a pessoa seja exatamente do seu jeito, quanto mais damos liberdade para que as pessoas sejam como elas são, fluam como elas querem, mais liberdade interna a gente alcança. Quanto menos voluntariosa e obstinada eu sou com a vida, mais liberdade eu tenho dentro de mim para escolher meu caminho, menos imposições eu faço para o outro e também, menos cobranças injusta eu faço comigo mesmo. Porque aquilo que eu faço com o outro, eu tendo a fazer comigo mesmo.
Outro ponto a ser considerado nesta situação é o fluxo do amor. Quando a pessoa não atende nossa exigência, não sentimos vontade de dar amor, porque acreditamos que o outro não merece. Ou quando temos um amor platônico e nos fechamos e pensamos “só quero trocar afeto com tal pessoa, se não for ela não serve”. Se ficarmos obstinados, é claro que vamos ficar carentes e vazios e interrompemos o fluxo do amor.
Entretanto, somos feitos para dar e receber nosso potencial de amor. Cada um dá o que pode. Avalie se o que a pessoa está te dando, está sendo bom para você. Se você tem muitas dúvidas, se a outra pessoa está sendo honesta e verdadeira, em vez de ficar controlando e agindo como um detetive volte-se para sua intuição, entre no seu centro e vá para seu eu superior, que tem muito mais condição de te aconselhar do que amigos e familiares te dizendo o que é melhor para você.
Para os solteiros e envolvidos em amores platônicos, o que tenho a dizer é doe seu amor para outras pessoas, não necessariamente para quem você quer. Você verá que a pessoa do seu desejo ficará mais próxima.
De forma geral, abra seu canal do amor, abra seu coração, diminua seu egoísmo, seu controle, seu pânico de perder outra pessoa, que você vai ver que quem é para estar mais perto de você vai estar e as relações vão ficar mais positivas. Confie na sua capacidade de doar e não a capacidade do outro receber, esta é a chave!


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