O
vice-presidente do Senado, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), pediu nesta
quinta-feira (24/5) a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente. Em
entrevista, o tucano criticou o que chamou de “arrogância” de Parente por não
aceitar rediscutir a política de preços dos combustíveis. Cunha Lima declarou
que “um governo minimamente sólido” já o teria demitido.
“Se o Pedro Parente não
aceitar rever a política de reajuste, que ele saia da Petrobras ou o presidente
da República exerça o mínimo de autoridade. Um governo minimamente sólido já o
teria demitido. Com todo respeito a ele, a Petrobras não é maior em relação ao
Brasil, nem o Pedro Parente é maior do que a Petrobras. Tem uma inversão
completa. As pessoas não percebem que a atitude dele está provocando o caos no
Brasil”, disse.
O governo negocia, desde o
início da semana, alternativas para reduzir o preço do óleo diesel.
Caminhoneiros em todo o País estão parados nas estradas, o que já tem afetado o
abastecimento em supermercados e postos de combustíveis. Na quarta-feira, a
Petrobras anunciou a redução de 10%, por 15 dias, no preço do diesel, o que
seria um prazo para o governo e caminhoneiros concluírem as negociações.
Na Câmara, o projeto da
reoneração da folha de pagamento de setores produtivos foi aprovado na
quarta-feira, incluindo isenção ao óleo diesel das alíquotas de PIS e Cofins
até 31 de dezembro de 2018. A matéria ainda precisa passar pelo Senado. O
presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse nesta quinta-feira que
ainda não recebeu “nada” do projeto e evitou responder quando será possível
pautá-lo. Os caminhoneiros afirmam: a decisão da Petrobras não resolve o
problema e que só vai cessar a greve quando as outras medidas prometidas forem
sancionadas e publicadas no Diário Oficial da União.
Congresso
em Foco
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