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segunda-feira, 7 de maio de 2018

Anúncio da duplicação Ilhéus/Itabuna foi feito com mentiras, mais uma tamanho G


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Ao anunciar pomposamente que o TCU já tinha liberado a obra e a de que ela começaria em janeiro. Quando esteve em Itabuna em outubro, fazendo comício sobre a duplicação com palanque e prefeitos trazidos de outras cidades, o governador Rui Costa prometeu o início em “3 meses”.
Mas veio janeiro, fevereiro, março, abril e agora maio sem que nada acontecesse. Apesar de dar a impressão de que estava autorizando o início da obra, na verdade ele apenas assinou a autorização para que a OAS fizesse o projeto executivo.
A empreiteira não cumpriu o prazo e, mesmo que cumprisse, a obra continua suspensa pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Em março, o governador Rui Costa disse ao prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, que “não há mais nenhum entrave para o início da duplicação da BR-415”.
Não é verdade. Além de ainda suspensa pelo TCU, a desapropriação das fazendas por onde passará a nova rodovia, no lado direito do Rio Cachoeira, sequer foi iniciada. Ainda está em fase de projeto e ninguém foi pago até o momento.
Suspensão no TCU
Em julho de 2017, o TCU suspendeu a obra, apesar das declarações do governador Rui Costa de que estava “tudo bem encaminhado”. Não estava nem está. A vistoria técnica do Tribunal de Contas da União encontrou diversos problemas, segundo o relator Luciano Brandão.
Mesmo depois do projeto refeito pelo estado, o TCU considera que ele continua mais caro do que deveria, usando tecnologias ultrapassadas e não adequadas para uma obra deste porte. O TCU acha que a OAS pode adotar as tecnologias certas mais adiante, embolsando a diferença.
Um exemplo é a previsão de uso de betoneiras individuais, de 400 e 750 litros, destas que você vê em qualquer construção. Elas são antieconômicas em obras de grande porte, que sempre usam uma central de concreto e caminhões betoneiras para levar até cada local.
Truque valioso
O truque é calcular o custo do concreto usando betoneiras e depois adotar a central, reduzindo o custo sem devolver o dinheiro. O mesmo acontece com a previsão de usar em todo local as fundações do tipo “tubulões a ar comprimido”, caros e necessários só em locais com muita água.
O TCU também aponta um aumento desnecessário de custos com a compra de toda a areaia e brita da obra. “Não foram examinadas todas as áreas para fins de exploração de jazidas de areia e brita pela empresa vencedora do certame”. E existem várias na área do projeto.

Fonte: A Região


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