Desde
o ano passado, para o movimento feminista, o dia 8 de março se tornou uma data
para chamar as mulheres para uma greve, mesmo que por algumas horas. Nesta
quinta-feira, ativistas de mais de 50 países se mobilizarão pela causa das
mulheres nas ruas. No Brasil, há eventos marcados em ao menos 50 cidades do
país — incluindo as menores, e não apenas as capitais — com o mote do Dia
Internacional de Luta da Mulher. Por aqui, mulheres de todos os estados estão
se articulando pelas redes sociais para marcharem juntas por questões diversas,
como pelo fim da opressão e da violência contra a mulher e pela igualdade de
gênero. A página no Facebook que reúne as atividades ligadas à Greve
Internacional de Mulheres do movimento 8M no Brasil tem quase 25 mil
seguidores.
A
ativista do Encontro Latino Americano de Mulheres (Ella) Dríade Aguiar explica
que cada cidade se manifestará de acordo com as suas possibilidades e demandas.
De forma geral, no Brasil, os protestos acontecerão em forma de marcha.
No Rio de Janeiro, a marcha está marcada para as 16h
desta quinta-feira, na Candelária. Haverá também diversas intervenções
culturais, como oficinas de serigrafia e de lambe-lambe.
— O movimento tem crescido e chegado em locais onde as pessoas não esperavam
que chegasse, como em cidades menores que não faziam parte das narrativas —
observa Dríade. — Não é uma moda, mas uma onda que vem de baixo para cima, de
uma galera que atua há muito tempo pelas mulheres e agora chega no formato de
marcha.
Esse será o segundo ano em que o movimento 8M mobiliza
mulheres pelo mundo para reivindicarem seus direitos a partir de greves e
protestos. No ano passado, considerado um marco no movimento em termos
internacionais, segundo Dríade, cerca de dez mil pessoas foram às ruas no Rio.
Em 2018, o movimento espera mobilizar o dobro.
— As manifestações, cada uma com a sua diversidade e suas pautas, são o maior
exemplo de união prática das mulheres. E isso é muito bonito: mulheres unidas
mundialmente, mas cada território com a sua luta — diz Dríade.
As demandas vão de ampliação da rede de creches em uma
cidade ao fim do assédio. As pautas surgem a partir de demandas de raça,
classe, gênero, entre outros.
Ascom
Força Sindical
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