Foi
feio de ver e chocante até para quem tem intimidade com as arquibancadas há
anos. O primeiro Ba-Vi de 2018 virou uma mancha na história de um dos maiores
clássicos do país. Neste domingo (18), o jogo não acabou de forma natural. Com
cinco expulsões no lado do Vitória (e nove no total), o árbitro foi forçado a
cumprir o regulamento e dar fim à partida no Barradão.
O jogo corria dentro da normalidade, disputado e leal.
Aos 33 minutos, o Vitória abriu o placar com Denilson, após rebote do goleiro
Douglas. Ele agora é artilheiro isolado do Leão na temporada, com cinco
gols.
Na
volta para o intervalo, começou o que seria um dos piores Ba-Vis da história.
Após cobrança de escanteio, a bola quicou e bateu na mão do volante
Uillian Correia na área. Pênalti que Vinícius cobrou e empatou. Ao comemorar, o
meia tricolor repetiu sua habitual dancinha: colocou as mãos nos joelhos e, na
sequência, fez duas vezes os gestos do “créu”.
A cena foi feita em direção à torcida do Vitória.
Indignado com a atitude, Fernando Miguel correu em direção ao jogador, o
segurou pelo pescoço e bradou. Foi o suficiente para o campo de futebol virar
um campo de guerra. Teve murro de Kanu, Yago e Denilson em Vinícius; soco de
Rhayner em Edson; e Bryan, que foi atingido por Edson e nem viu de onde o murro
veio.
Teve
bate-boca, jogador sendo contido, policiamento entrando em campo para proteger
a arbitragem. Na confusão, foram expulsos os rubro-negros Kanu, Rhayner e
Denilson e os tricolores Vinícius, Lucas Fonseca, além de Rodrigo Becão e
Edson, que estavam no banco. Fernando Miguel e Anderson, também na reserva,
levaram cartão amarelo.
Após 15 minutos, a bola voltou a rolar. Mas, 12 minutos
depois, Uillian Correia cometeu falta, levou o segundo cartão amarelo e também
foi expulso, o que deixou o Leão com sete em campo.
Pouco depois, outra falta para o Bahia. Antes da cobrança, o zagueiro Bruno,
que já tinha amarelo, chutou a bola para longe, forçando a expulsão e levando o
árbitro Jailson Freitas a terminar a partida aos 34 minutos.
Ruim para 18.336 torcedores, que pagaram ingresso e viram
mais briga do que futebol.
Correio
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