Líderes sindicais se reuniram com
o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na quarta-feira (29) para pedir
o adiamento da votação da reforma da Previdência, prevista para ocorrer no
próximo dia 6.
Participaram do encontro presidentes de centrais aliadas ao
governo, como a Força Sindical, e oposicionistas, como a CUT (Central Única dos
Trabalhadores).
"Colocamos ao Rodrigo Maia que a votação da reforma da
Previdência vai trazer radicalização do povo brasileiro contra Congresso
Nacional", disse o presidente da Força Sindical, deputado Paulinho da
Força (SD-SP).
Vagner Freitas, presidente da CUT, lembrou que as centrais
agendaram uma greve para o próximo dia 5 contra a reforma previdenciária e
disse que papel de trabalhadores públicos e privado participar.
Segundo os sindicalistas, Rodrigo Maia
afirmou a eles que comunicaria nesta quinta-feira (30) o adiamento ou não da
votação para 2018.
O presidente da UGT (União Geral dos
Trabalhadores), Ricardo Patah, relatou também que Rodrigo Maia foi alertado de
que o tema é sensível e será mais fácil de mobilizar a população contra a
proposta.
"Conseguiremos sensibilizar mais fácil
a população brasileira. Teremos condições efetivas de mobilização, mas queremos
dialogar. Foi consensual entre as centrais a proposta de adiamento."
Apesar da apresentação de um texto mais
enxuto na semana passada, as chances de a reforma ser votada neste ano são
baixas. Mesmo os mais otimistas líderes da base do governo já admitem, nos
bastidores, que não será possível votar o texto na próxima semana, como deseja
o presidente Michel Temer.
Ascom Força Sindical
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