A decisão da Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de mandar soltar os deputados Jorge
Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, tomada em votação no final da tarde
desta sexta-feira (17), foi seguida por outra decisão do Tribunal Regional
Federal da 2ª Região (TRF2), de determinar o bloqueio de seus bens, no valor
total de R$ 270,7 milhões.
Menos de duas horas depois da decisão da Alerj, em votação que
contabilizou 39 votos a favor da revogação da prisão e 19 votos pela sua
manutenção, Picciani e os outros dois já deixavam a prisão, por volta das 18h.
A ordem de soltura foi enviada diretamente da Alerj para a Cadeia Pública José
Frederico Marques, em Benfica, sem comunicar o TRF2.
Jorge Picciani teve bloqueados pela Justiça R$ 154.460.000,00.
Paulo Melo, teve bloqueio de R$ 108.610.000,00. E Albertassi, bloqueio de R$
7.680.000,00. A determinação foi do desembargador federal Abel Gomes.
Ele determinou o bloqueio cautelar de contas e o sequestro ou
arresto de bens de 13 pessoas e 33 empresas investigadas na Operação Cadeia
Velha, relacionadas aos três parlamentares. A medida foi requisitada pelo
Ministério Público Federal (MPF). A ordem atinge ativos financeiros e bens
móveis e imóveis, incluindo veículos, embarcações e aeronaves. As informações
foram divulgadas pela assessoria do TRF2.
Abel Gomes escreveu em sua decisão que os valores referem-se ao
supostamente pago a título de propina aos três deputados, colocando todos os
demais investigados, incluindo pessoas físicas e jurídicas, “como agentes
colaboradores e solidariamente responsáveis, seja pelo recebimento ou pela
dissimulação/lavagem desse numerário”.
Com informações da Agência Brasil.
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