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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Gilmar Mendes volta a criticar Janot em sessão do STF



Gilmar Mendes volta a criticar Janot em sessão do STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, aproveitou a sessão da Primeira Turma nesta terça-feira, 10, para voltar a criticar o ex-procurador-Geral Rodrigo Janot. Gilmar disse que Janot não tinha "estatura para estar onde estava" e que é "uma figura lamentável". O ministro também afirmou que nos dias atuais há "a impressão de que é a Polícia ou Ministério Público que decretam a prisão e não a Justiça". "Temos que fazer uma revisão disso", disse, destacando que o poder Judiciário não pode ser apenas um órgão "homologador".
Gilmar fez as críticas contra Janot ao comentar o pedido de impedimento feito pelo então procurador para que o ministro não pudesse julgar pedidos do empresário Eike Batista, do ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor) Lélis Teixeira e do empresário Jacob Barata Filho, conhecido como Rei do Ônibus - presos em desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro. Janot apontou que a esposa de Mendes, Guiomar Ferreira Mendes, trabalha em escritório que defende Eike e Teixeira, e que o ministro foi padrinho de casamento de Jacob Barata Filho.
"Janot não tinha estatura para estar onde estava. Agora mesmo, os jornais revelam que ele mentiu para essa corte quanto aos contatos com a JBS, dizendo que começaram contato 27 de março. Agora está atestado pela PGR (que começaram) do dia 2, e gravou o presidente (Michel Temer) dia 7. Uma figura dessas é lamentável vir arguir a suspeição e o impedimento (de um ministro)", criticou. "O seu melhor epitáfio é aquela sua foto com Pierpaollo Bottini num bar de Brasília, estava usando óculos escuros faltou-lhe a peruca."
Gilmar aproveitou também a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que determinou o arquivamento de inquérito que investigava o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado por supostamente terem atuado para obstruir a operação Lava Jato.

Bastidores do Poder


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