Um
recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo a prisão preventiva do
senador Aécio Neves (PSDB-MG), no caso do pagamento de R$ 2 milhões pela
J&F a pessoas ligadas ao tucano, deverá ser analisado nesta terça-feira
(26) pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Este
é, ao todo, o terceiro pedido de prisão contra Aécio Neves feito pela PGR ainda
sob a gestão de Rodrigo Janot, encerrada no dia 17. A primeira discussão, no
entanto, será sobre um pedido da defesa, que quer levar o julgamento ao
plenário, alegando que pedido de prisão contra senador é uma questão "da
mais alta relevância e gravidade". A última manifestação da PGR é a favor
da análise na Primeira Turma, conforme o entendimento inicial do ministro Marco
Aurélio Mello, relator do caso. Se esta preliminar da defesa for rejeitada,
começará o julgamento do pedido da PGR.
Alvo
da Operação Patmos, realizada em maio para apurar fatos trazidos no acordo de
colaboração de executivos do Grupo J&F, Aécio Neves ficou impedido de exercer
atividades parlamentares por decisão do ministro Edson Fachin, relator do caso,
por mais de um mês. Após mudança de relatoria, no dia 30 de junho, o ministro
Marco Aurélio Mello revogou a medida do ministro Fachin e devolveu Aécio ao
Senado. O tucano tem negado irregularidades.
A
defesa afirma que "o senador Aécio Neves foi, na verdade, vítima de uma
grande e criminosa armação engendrada pelos senhores Joesley Batista e Ricardo
Saud em busca dos benefícios de uma generosa delação". "A defesa do
senador confia na manutenção das decisões anteriores porque estão alicerçadas
no que diz a Constituição brasileira. O tempo e as provas que vêm vindo à tona
demonstrarão quem são os verdadeiros delinquentes, que deverão responder por
seus crimes", disse o advogado Alberto Toron.
Sobre
o pedido para que o caso seja julgado no plenário, o advogado Alberto Toron
afirma que a análise do pedido de prisão é uma questão "da mais alta
relevância e gravidade" e que, por isso, o assunto deve ser discutido pelo
plenário e não pela turma.
O
julgamento do pedido de prisão havia sido pautado originalmente para 20 de
junho. Durante a sessão, no entanto, houve um adiamento diante de uma questão
preliminar levantada pela defesa. O novo julgamento acontecerá três meses após
este adiamento.
Bastidores
do Poder
Nenhum comentário:
Postar um comentário