A
prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima abriu uma brecha para a aproximação
entre o PMDB, do presidente Michel Temer, e o ministro tucano Antônio Imbassahy
(BA), da Secretaria de Governo. Criticado por integrantes da base governista e
até xingado, Imbassahy está sendo visto como uma possibilidade do partido para
concorrer ao Senado em 2018. O ministro avalia trocar de legenda, já que não
tem garantia de disputar a vaga pelo PSDB. O titular da Secretaria de Governo
foi sondado por diferentes partidos – PTB, PRB, PPS – e flertou com o DEM, ao
qual era filiado quando comandou o governo da Bahia e a prefeitura de Salvador.
Agora, no entanto, pode se tornar, com aval de Temer, o homem do Planalto a
ajudar a reerguer o PMDB na Bahia e preencher o vácuo de poder deixado pelo clã
Vieira Lima.
“Imbassahy
começou a voltar os olhos para o PMDB. Ele pensa que com Michel e (o senador
Romero) Jucá (presidente nacional do PMDB) consegue vencer a resistência de
Lúcio (Vieira Lima)”, disse o deputado Benito Gama, presidente do PTB na Bahia
e um dos que convidaram o ministro. “Ele não avançaria nisso sem anuência do
Michel.” Geddel presidia o diretório estadual e secretariava o diretório
nacional, mas pediu afastamento por 60 dias após a Polícia Federal apreender R$
51 milhões em apartamento em Salvador. Nos maços de dinheiro, segundo a PF,
havia digitais do ex-ministro. Seu irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima
(PMDB-BA), desconversa sobre a possibilidade de filiação do ministro. “Não
estou à frente desse assunto. Não gostaria de emitir opinião e ser
desautorizado.”
Fonte:
Estadão
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