Embora
pouco se fale a respeito, o suicídio é mais comum do que se imagina em todo o
mundo. No Brasil, já se tornou um problema de saúde pública com o registro de
aproximadamente 9 mil suicídios por ano ou uma morte a cada hora.
No
Dia Mundial de Combate ao Suicídio, 10 de setembro, vale frisar que os números
têm aumentando principalmente entre a população jovem. O suicídio é a terceira
causa morte entre homens com idade de 15 a 29 anos e os distúrbios mentais
estão associados a praticamente 100% de todos os suicídios registrados no país,
contudo, embora o transtorno psiquiátrico seja condição necessária não é
suficiente para o comportamento suicida.
A
Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) está atenta a este problema de saúde
pública e acredita que poderia ser atenuado, se os profissionais que atuam na
saúde mental fossem mais bem capacitados e se os serviços de emergência,
funcionassem de maneira adequada.
Na
área de prevenção é necessário desenvolver estratégias de promoção de qualidade
de vida, de educação e de proteção e de recuperação da saúde. Na área de
informação são necessárias ações de comunicação e de sensibilização da
sociedade de que o suicídio pode ser prevenido.
É
fundamental que se organize uma linha de cuidados integrais (promoção,
prevenção, tratamento e recuperação) em todos os níveis de atenção para
garantir o acesso às diferentes modalidades terapêuticas. Para qualificar o atendimento,
o governo federal, em especial o Ministério da Saúde, precisa urgentemente de
ações de implantação de processos de organização da rede de atenção e
intervenções nos casos de tentativas de suicídio.
Faz-se
necessário o desenvolvimento de métodos de coleta e analise de dados,
permitindo a qualificação da gestão, a disseminação das informações e do
conhecimento. Ainda, existe no Brasil emergências psiquiátricas separadas da
emergência geral, o que vai na contramão da tendência mundial que é ter a psicologia
e a psiquiatria como especialidades de suporte ao paciente em situação crítica.
Fonte: Arca
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