Esse destaque constava da
primeira versão do roteiro que explica o desfile e é produzido pela escola para
ser distribuído aos jurados, mas foi retirado da versão final desse documento,
que é o que realmente vale. Então, a justificativa alegada pelo jurado para
tirar 0,1 ponto não era mais válida no momento do desfile.
O jurado afirmou que estudou
o roteiro conforme constava da primeira versão e, embora tenha recebido outro
roteiro antes do desfile, não foi alertado pela Liga sobre eventuais mudanças.
Por isso, fundamentou sua avaliação no primeiro roteiro. A Liga admitiu uma falha
de comunicação.
Ao apresentar recurso
administrativo à Liga, em 23 de março, a Mocidade descreveu sua conduta.
"No dia 10 de janeiro, às 18h13, foi enviado para a presidência da escola
o roteiro do desfile e, ainda no mesmo dia, o vice-presidente encaminhou para a
Liesa. A partir daí a Mocidade tinha até dois dias antes do desfile oficial
para fazer alterações por meio de erratas", informou a agremiação, em
nota.
"No dia 2 de fevereiro
a Mocidade enviou todas as modificações necessárias. A principal foi a extinção
do cargo de destaque de chão para a rainha de bateria (justamente aquele
mencionado pelo jurado). A escola grifou em amarelo todas as alterações. A
Liesa respondeu que todas foram acatadas", informou a Mocidade.
"No dia 7 de fevereiro,
segundo dia de curso de jurados, a Mocidade já tinha entregue todas as
modificações. A escola não pode aceitar que o jurado não tenha recebido essas
modificações, tendo em vista que ainda teria o terceiro dia de curso na
Liga", continua a Mocidade, para em seguida acusar a Liga pela falha:
"A Liesa, em decisão interna, quis atualizar o livro. Optou por fazer um
novo livro e não identificar que foi feita errata". Segundo a Mocidade,
portanto, a Liesa entregou um novo
livro aos julgadores sem
ressaltar os trechos que haviam sido modificados.
"Não podemos pagar por
um erro que não é nosso", afirmou na ocasião o vice-presidente
administrativo da Mocidade, Luis Claudio. "Com mais um nota 10 em Enredo,
a gente quebraria um jejum de 21 anos. A Portela não tem culpa de nada, mas a
Mocidade também não. A divisão é a melhor forma de resolver o problema",
concluiu.
Famosidades
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