Confrontos e depredações,
estradas e avenidas bloqueadas, além de dezenas de manifestantes detidos. Esse
foi o saldo dos protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência no
Rio de Janeiro e em São Paulo entre a tarde e a noite desta sexta-feira (28).
Foram 129 cidades com
manifestações ou greves pelo Brasil, segundo levantamento da reportagem. Em
pelo menos 38 houve interrupção do serviço de transporte público. Em 34
municípios, rodovias ou avenidas foram interditadas por manifestantes. Nove registraram
confrontos violentos. Os atos que começaram no início da tarde nas duas
capitais fizeram parte da greve geral promovida por entidades sindicais e
movimentos sociais em todo o país.
No Rio, manifestantes e
policiais militares entraram em confronto, na região central da cidade.
Mascarados atearam fogo em nove ônibus na região da Lapa. Eles usaram paus e
pedras enquanto policiais respondiam com bombas de efeito moral e gás
lacrimogêneo.
Na região da Cinelândia,
grupos que defendiam protesto pacífico bateram boca com manifestantes radicais,
que faziam barricadas de fogo em latões de lixo. Enquanto discutiam, bombas voltaram
a ser lançadas na praça. Após serem dispersados, manifestantes que estavam em
comício na Cinelândia começaram a depredar equipamentos públicos.
Pelo menos duas pessoas que
ficaram feridas durante os protestos foram levadas para o Hospital Souza
Aguiar. Segundo a prefeitura, os ferimentos foram leves.
Em São Paulo, integrantes da
Frente Povo Sem Medo iniciaram um protesto cujo ponto final seria a casa do
presidente Michel Temer (PMDB), na região dos Jardins. Segundo a PM, o ato
reuniu cerca de 3 mil pessoas. A Frente falava em 70 mil. Na zona oeste, perto
da casa de Temer, ativistas adeptos da tática black bloc -que defende a
depredação do patrimônio privado- destruíram fachadas de várias agências.
Pela manhã, houve bloqueio
de rodovias e avenidas, que resultaram na prisão de ao menos 16 pessoas. Os
serviços de ônibus, metrô e trens foram paralisados por grevistas. Parte do
serviço voltou à tarde.
Outras cidades também
registraram confrontos entre manifestantes e policiais durante a greve geral.
Poder & Política
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