Um relatório divulgado pelos
serviços de Inteligência dos Estados Unidos nesta sexta-feira confirmou que o
presidente russo, Vladimir Putin, tentou ajudar Donald Trump a sair vitorioso
na eleição de 8 de novembro. Os esforços foram conduzidos através de
ciberataques e outros meio de propaganda, como a disseminação de notícias
falsas.
De acordo com a
investigação, encomendada pelo presidente Barack Obama, o Kremlin desenvolveu
uma “clara preferência” pelo magnata. “Nós também definimos que Putin e o
governo russo buscaram melhorar as chances do presidente eleito Trump quando
possível, desacreditando a Secretária [Hillary] Clinton e publicamente
contrastando ela de forma desfavorável em relação a ele”, indicou o relatório.
Parte da campanha para
ajudar Trump consistiu nos ciberataques ao Comitê do Partido Democrata, além do
vazamento de e-mails de pessoas importantes do partido, como o chefe de
campanha John Podesta. Segundo o relatório, os últimos meses representaram um
“aumento significativo” nos esforços russos para prejudicar a “ordem
democrática liberal dos Estados Unidos”.
Autoridades da Rússia negam
as acusações de qualquer esforço para interferir na eleição americana, desde as
primeiras denúncias feitas pelo Partido Democrata. O fundador do site
WikiLeaks, Julian Assange, também insistiu que não teve contato com o país de
Putin, apesar de ter publicado as centenas de documentos vazados sobre oficiais
democratas.
O relatório publicado nesta
sexta foi divulgado momentos após Trump se reunir com os serviços de
Inteligência americanos para um briefing de segurança. O encontro teve o
objetivo de atualizar o presidente especialmente sobre os ciberataques russos
durante a campanha eleitora.
Depois da reunião, o republicano afirmou em nota que fará um
“esforço urgente” para conter ataques cibernéticos no país, um avanço em
relação a sua posição cética sobre o tema. Ainda assim, Trump não confirmou o
envolvimento russo, nem admitiu que interferências afetaram o resultado do
pleito.
“Ainda que Rússia, China,
outros países, grupos e pessoas tentem, continuamente, invadir a estrutura
cibernética das nossas instituições governamentais, empresas e organizações,
incluindo o Comitê Nacional Democrata, não houve – absolutamente – qualquer
efeito no resultado da eleição”, escreveu Trump, em comunicado.
Fonte: O Mundo
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