A cúpula dos órgãos de
inteligência dos Estados Unidos entrou em conflito aberto com o presidente
eleito Donald Trump sobre a interferência da Rússia nas eleições
norte-americanas de novembro de 2016 para a presidência do país. Em audiência
ontem (5) no Senado, o diretor de Inteligência Nacional, James Clapper, disse
que houve interferência russa não somente por meio do hackeamento (invasão de
computadores) como também pela disseminação de notícias falsas. No entanto, em
várias mensagens postadas no Twitter, Donald Trump se declarou “cético” sobre
as conclusões da comunidade de inteligência. Apesar da divergência, a cúpula
dos órgãos de inteligência norte-americanos terá encontro hoje (6) com Donald
Trump. Durante o encontro, Clapper deverá entregar dados – ainda desconhecidos
do público – sobre como se deu a interferência russa nas eleições. Ontem,
durante a apresentação de Clapper, senadores tanto do Partido Democrata e
alguns do próprio Partido Republicano afirmaram que “o ceticismo” de Trump
prejudica o moral dos serviços de inteligência porque coloca em dúvida a
competência e a imparcialidade das agências.
“Há uma diferença entre
ceticismo e menosprezo”, disse James Clapper, ao comentar o assunto.. O diretor
afirmou que, apesar da opinião de Trump, os serviços de inteligência avaliam
agora, de forma mais clara do que antes, que houve um ataque cibernético russo
durante as eleições norte-americanas.
Por José Romildo, Agência
Brasil
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