A direção nacional da Força
Sindical considera injusta, e extremamente prejudicial aos trabalhadores, a
proposta apresentada pelo governo para uma reforma da Previdência. A proposta contém
medidas muito duras e equivocadas, que prejudicam principalmente os mais
pobres. A Força Sindical já está preparando modificações no texto da PEC
(Projeto de Emenda Constitucional) da Previdência, alterando de forma
significativa pontos que, de alguma forma, são injustos, causando enormes
prejuízos aos trabalhadores.
É preciso sensibilidade
social e a busca de uma solução equilibrada que não penalize, principalmente,
os menos favorecidos economicamente. Vale destacar alguns pontos: que não
aceitamos a idade mínima de 65 anos, pois trata-se de uma injustiça com quem
ingressou, ou ingressará, mais cedo no mercado de trabalho; é necessária a
diferenciação de gêneros, visto que as mulheres têm dupla, e às vezes até
tripla, jornada; que a regra de transição seja mais justa; que as pensões não
sejam desvinculadas do salário mínimo; aposentadoria universal; e que as
aposentadorias dos policiais militares e dos bombeiros sejam debatidas e
resolvidas pelos Estados e municípios.
As mudanças na Previdência
têm de levar em consideração que a Instituição é um patrimônio do trabalhador e
do cidadão brasileiro. Qualquer alteração terá de ter, como princípio, que os
aposentados recebam benefícios com valores suficientes para que tenham uma vida
digna. Não podemos deixar de destacar que valorizar as aposentadorias é uma
forma sensata e justa de distribuição de renda.
Vamos nos mobilizar e
alertar os trabalhadores para que procurem o seu sindicato a fim de que
possamos alertá-los para os prejuízos que as mudanças trazem e para
conscientizá-los sobre a reforma que almejamos.
Reformar a Previdência com a
perspectiva de retirar direitos afasta cada vez mais o governo dos
trabalhadores e da sociedade em geral. Somos contra qualquer medida que retire
direitos!
Paulo Pereira da Silva
(Paulinho da Força) Presidente da Força Sindical
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