O País tem hoje 22,9 milhões
de pessoas desempregadas, subocupadas ou inativas, mas com potencial para
trabalhar. O resultado significa que, no terceiro trimestre de 2016, estava faltando
trabalho para todo esse contingente de brasileiros, segundo os dados da
Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa composta da
subutilização da força de trabalho - que contabiliza a taxa de desocupação,
taxa de desocupação por insuficiência de horas trabalhadas e da força de
trabalho potencial - ficou em 21,2% no terceiro trimestre. No segundo
trimestre, o resultado foi de 20,9%, alcançando 22,7 milhões de pessoas. No
terceiro trimestre de 2015, a taxa era consideravelmente mais baixa: 18,0%.
A maior taxa composta da subutilização da
força de trabalho foi observada no Nordeste, de 31,4%, enquanto a menor foi
registrada na região Sul, 13,2%. Bahia (34,1%), Piauí (32,6%) e Maranhão
(31,9%) e Sergipe (31,9%) foram os estados com as maiores taxas de
subutilização da força. Os menores resultados foram observados em Santa
Catarina (9,7%), Mato Grosso (13,2%) e Paraná (14,2%).
A taxa de desocupação no
Estado de São Paulo ficou em 12,8% no terceiro trimestre, de acordo com dados
da Pnad Contínua. O resultado foi o mais elevado da série histórica, iniciada
no primeiro trimestre de 2012. Em igual período do ano passado, a taxa de
desemprego medida pela Pnad Contínua em São Paulo estava em 9,6%. No segundo
trimestre de 2016, o resultado foi de 12,2%.
A renda média real do trabalhador em São Paulo
foi de R$ 2.629 no terceiro trimestre, ante R$ 2.571 no trimestre imediatamente
anterior, alta de 2,3%. Em relação ao mesmo período do ano anterior,
entretanto, houve queda de 2,6%. No segundo trimestre de 2016, a renda média real
era de R$ 2.701 na região. No último dia 27, o IBGE divulgou os resultados
gerais do mercado de trabalho apenas para o total do País. A taxa de desocupação
foi de 11,8% no terceiro trimestre.
Desde janeiro de 2014, o
IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o
território nacional. A nova pesquisa substitui a Pesquisa Mensal de Emprego
(PME), que abrangia apenas as seis principais regiões metropolitanas, e também
a Pnad anual, que produz informações referentes somente ao mês de setembro de
cada ano.
Ascom Força Sindical
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