Em entrevista ao jornalista
Luiz Nassif, o governador Rui Costa atribuiu a reeleição do prefeito ACM Neto
(DEM) a dois aspectos. O primeiro em virtude da escolha da candidata que
rivalizou com o demista nas urnas no dia 2 deste mês, a deputada federal Alice
Portugal, do PCdoB. O segundo, está relacionado a gestão desastrosa de João
Henrique, que antecedeu a de Neto.
Explica-se. Para Rui, a
candidata ideal seria Olívia Santana também do PCdoB. Por ser negra e por
conhecer Salvador, já que a sua militância é, quase integralmente, na capital
baiana, o oposto de Alice. “Tivemos problemas na definição do candidato. Tentei
Olivia, do PCdoB, negra, que foi nossa secretária. Mas o PCdoB preferiu Alice
Portugal, cujo histórico político foi sempre como deputada estadual lutando em
favor dos servidores e não discutindo a cidade”.
Sobre Neto, Rui acredita que
o fato de ele ter recebido de João Henrique uma cidade desorganizada e ter
arrumado a casa o credenciou para vencer. “ACM Neto foi beneficiado pela gestão
anterior. Sempre que um prefeito assume, sucedendo um gestor mal avaliado, ele
sobe rapidamente. ACM Neto sucedeu o prefeito João Henrique, que foi um
desastre completo. ACM Neto assumiu nessas condições, elevou o IPTU em 3 mil
por cento e ficou com caixa para obras.
Mas Rui não deixou de dar
estocadas no demista, que vai, por certo, rivalizar com ele em 2018, na corrida
pelo governo do Estado. “ACM Neto está cercado pelos ‘Menudos’, jovens
empresários de Salvador que estão enriquecendo rapidamente”.
Na entrevista, Rui também
criticou a postura de alguns colegas de partido, a exemplo do prefeito de
Conceição de Coité, Assis, e de São Paulo Fernando Haddad, que não conseguiu se
reeleger. “Em Conceição do Coité, todas as pesquisas davam 70% de ótimo-bom
para o prefeito do PT. Tinha 4 escolas em tempo integral, passou para 48. E
quase perdeu as eleições. Perguntei se tinha ido para a rua abraçar o povo. Não
ia, com medo de receber pedidos, porque considerava o eleitor mal-acostumado. O
mesmo ocorreu com o Fernando Haddad em São Paulo”.
E aproveitou para se
auto-elogiar. “Estou na rua o tempo todo. Em um ano e dez meses, foram 206
viagens ao interior, visitando 130 municípios, 209 escolas. Em todo viagem,
visito a escola local”.
Fonte: Bocão News
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