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terça-feira, 23 de agosto de 2016

O círculo vicioso dos juros altos – Por Paulinho da Força




Nos próximos dias 30 e 31 será realizada a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, para decidir como ficará a taxa básica de juros (Selic), se sobe, desce ou será mantida nos insustentáveis 14,25% ao ano. Esperamos que, desta vez, os tecnocratas do governo abandonem seu excesso de conservadorismo e promovam uma redução drástica na taxa Selic, uma das grandes causadoras da crise econômica que vem minando a economia nacional.
Não é possível que apenas eles não consigam enxergar o desserviço que estão prestando ao Brasil mantendo os juros nas alturas e penalizando a classe trabalhadora brasileira, principalmente aqueles de menor renda. Hoje, a taxa de desemprego no nosso País já deve ter ultrapassado a casa das doze milhões de pessoas, muito disto por causa dos juros altos. São os juros que engessam a produção e inibem o consumo. São eles um dos principais causadores da insolvência de empresas, da fragilidade do comércio e da quase total falta de investimentos no setor produtivo. Afinal, quem iria querer investir no Brasil tendo de arcar com os juros que aí estão? Resposta: ninguém!!!
E aí o desenvolvimento econômico dá lugar a um círculo vicioso que parece não ter fim: não se investe, a produção e o consumo caem, o comércio não vende, as empresas demitem, e consequentemente tudo o que citamos acima piora, pois há menos dinheiro girando e mais desempregados. Temos de estar muito atentos à decisão que o Copom vai anunciar no último dia do mês sobre a taxa de juros. Elevá-la equivale a condenar quase todo um povo à pobreza absoluta, aumentando enormemente as desigualdades sociais. Mantê-la é perder uma excelente oportunidade de acertar na mosca. Só reduzindo os juros, drasticamente, como já dissemos, o País poderá retomar o caminho do crescimento econômico sustentável, com a volta do emprego, mais renda e com empresas robustas produzindo a todo vapor.
Tomara que, desta vez, o governo acerte na dose do remédio. Vamos intensificar nossa pressão para que tal fato realmente aconteça.

Paulo Pereira da Silva – Paulinho

Presidente da Força Sindical e deputado federal

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