A defesa do
ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, recorreu a uma comparação para
rebater a acusação do Ministério Público Federal na qual ele é apontado como um
dos chefes do esquema de corrupção na Petrobras. Em documento apresentado à
Justiça, Dirceu sustenta que jamais ocupou posição de liderança ou de comando
no petrolão.
“Ainda que se admita que
houve pagamentos de propinas não se poderia explicar que o ex-ministro
receberia ‘pixulecos’ enquanto pessoas quase que anônimas recebiam valores
expressivos, inclusive devolvendo valores exorbitantes, como se deu com o
delator e corréu Pedro José Barusco”, escreveram os advogados.
Para reforçar a tese de que
o ex-ministro não é o cabeça da organização criminosa, a defesa fez cálculos:
“Os valores supostamente recebidos por ele (valor de 11.884.205,50 de reais)
não chegam perto nem de 2% do montante desviado pelo corréu e colaborador Pedro
Barusco”. O ex-diretor da Petrobras, em acordo de delação premiada, se
comprometeu a devolver quase 100 milhões de dólares em propinas.
Os defensores do
ex-ministros recorrem a outras comparações financeiras para justificar a tese:
“Justamente José Dirceu teria recebido valores menores, quase que inexpressivos
se comparados aos recebidos por Barusco, um gerente executivo? E perto dos 80
milhões de reais que o corréu Milton Pascowitch admitiu ter ganhado?”. Dirceu
já foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro.
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