Governadores do Norte,
Nordeste e Centro-Oeste desembarcaram, nesta terça-feira (16), em Brasília, com
a missão de pedir que seus estados também recebam o apoio federal dado a
estados do Sul e Sudeste, detentores de orçamentos mais volumosos em termos de
verba. A dificuldade financeira é geral no país e quem tem menos recurso sofre
ainda mais, argumentam os chefes do Executivo nos estados.
Eles apresentaram o pleito
ao presidente do Senado, Renan Calheiros, em reunião ao lado de senadores. O
término desse encontro foi marcado por um convite do presidente interino da
República, Michel Temer, para recebê-los. O chamado de Temer permitiu que os
governadores e os senadores do Norte e Nordeste entregassem a ele uma carta com
três demandas essenciais.
A primeira demanda é uma
ajuda emergencial, através de Medida Provisória, no valor de R$ 7 bilhões,
partilhados em conformidade com as regras do Fundo de Participação dos Estados.
Este crédito chegaria já neste mês de agosto, aliviando, emergencialmente, a
situação. Em seguida está o pedido para destinar a todos os estados do país
dois pontos percentuais do Fundo de Participação da União. O último pedido é a
ampliação do limite para operações de crédito. Michel Temer assumiu o
compromisso de dar uma resposta em, no máximo, duas semanas.
Os governadores esclarecem
que não são contra o projeto de renegociação da dívida dos estados, mas
defendem que, claramente, a proposta ajuda quem é mais rico. São enfáticos ao
afirmar que não lançaram ofensiva contra a renegociação, apenas querem que suas
regiões também sejam beneficiadas, como foi o caso do Rio de Janeiro e do Rio
Grande do Sul.
A presença dos governadores
do Nordeste, Norte e Centro-Oeste no Senado agitou o acesso ao Salão Azul. Os
gestores estaduais das três regiões deixaram claro que não abrem mão de ver a
pauta federativa ser efetivada. Por isso, seguem com o diálogo. O governador da
Bahia, Rui Costa, resumiu o pedido: "Se existe o bolo, ele tem que ser
dividido, contemplando a todos. Assim, os estados vão recuperar a capacidade de
voltar a crescer".
Secom - Secretaria de Comunicação Social - Governo
da Bahia
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