A notícia de que o governo
do estado, através da Secretaria da Educação, vai dispensar cerca de 3.300
vigilantes dos quatro mil que fazem a segurança das escolas na Bahia, preocupou
o líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado Sandro Régis (DEM).
“Se essa medida se
concretizar é a prova definitiva de que a educação é um setor relegado pelo
governo petista e sem a mínima prioridade”, criticou o parlamentar ao ser
informado da manifestação que os vigilantes farão nesta sexta-feira, 30, em
frente à SEC, no Centro Administrativo, para protestar contra as demissões. Em
nota convocando a categoria, o Sindicato dos Vigilantes da Bahia –
Sindivigilantes, informa que a pretexto de reduzir despesas e gerar economia, o
governador Rui Costa e o secretário Walter Pinheiro pretendem retirar todos os
vigilantes das escolas estaduais em cidades com menos de 100 mil habitantes, já
a partir de primeiro de julho, além dos que fazem a segurança nos prédios da
SEC e postos como o IAT, permanecendo apenas um segurança por unidade. O
deputado alertou que o governo não pode ajustar suas contas e rombos
financeiros desempregando milhares de pais de família e afetando a segurança
nas escolas.
“Num estado onde o índice de
criminalidade é um dos maiores do país, onde escolas são invadidas, depredadas,
sem falar no altíssimo índice de estupros registrados, inclusive nos entornos
de escolas e faculdades, retirar a vigilância dessas unidades é um ato de
irresponsabilidade”, ponderou Sandro Régis, lembrando que o medo e a insegurança
afetarão não apenas alunos e funcionários, mas também aos pais que não terão
tranquilidade em saber que seus filhos passarão boa parte do dia em escolas
desguarnecidas. “Medidas como essa confirmam que o governo da Bahia caminha na
contramão dos avanços formulados para o setor educacional e das possíveis
soluções que reduzam o impacto da crise que atinge duramente o país. Régis
lembrou que em 2015 a totalidade dos municípios baianos apresentaram baixos
índices de educação e aprendizado no ensino fundamental público no exame do
IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.
“Nenhum município baiano
atingiu o IDEB 6, mostrando que o ensino na Bahia é um dos piores do Nordeste
em níveis educacionais”, lamentou, informando que a situação só é pior nos
estados do Maranhão, Alagoas e Sergipe. ” Estados como o Ceará e Pernambuco
possuem dezenas de municípios com IDEB acima de cinco e que chegam até 7,8,
enquanto a Bahia ficou no final do ranking”, criticou, acreditando que esse
quadro só tende a se agravar com a retirada da segurança nas escolas.
Fonte: Ascom Liderança da
Oposição na Alba
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