Após a suspeita sobre o
senador Aécio Neves ser levada à PGR pelo ex-senador Delcídio do Amaral na Lava
Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou uma ação de
busca e apreensão no Senado para coletar dados. O objetivo é ter material para
o inquérito que apura a acusação de que o atual presidente nacional do PSDB
atuou para "maquiar" dados da CPI dos Correios, em 2005.
De acordo com as informações
da Folha de S. Paulo, no entanto, a medida foi abortada depois que o Senado
garantiu que daria acesso irrestrito aos documentos. Janot afirma que Aécio
teria atrasado o envio de dados do Banco Rural à CPI para poder "apagar
dados bancários comprometedores" e evitar que a apuração sobre fraudes na
instituição levasse a nomes do PSDB.
O pedido da PGR foi feito em
uma ação cautelar sigilosa, em maio. A iniciativa foi tomada depois que o
jornal "O Globo" divulgou que documentos da CPI haviam sido
deslocados do arquivo do Senado para outro setor da Casa a pedido de Aécio.
O inquérito sobre o tucano
está sob os cuidados do ministro do STF Gilmar Mendes, que chegou a autorizar o
pedido, fazendo ressalvas de que a ação fosse discreta e acompanhada por um
oficial de justiça do Supremo.
Poder & Política
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