Os petistas José Dirceu e
João Vaccari Neto, presos desde o ano passado pela Operação Lava Jato,
sugeriram a correligionários que a legenda faça um acordo de "leniência
partidária".
A proposta seguiria o modelo
de leniência feito por empresas, em que elas assumem crimes e são condenadas a
pagar multas. Em troca, têm a chance de fechar contratos com o governo e seus
executivos podem aderir ao acordo, com diminuição de pena ou até perdão
judicial. Assim, o PT assumiria irregularidades e poderia evitar que o partido
seja inviabilzado por dívidas.
De acordo com fontes que
estiveram com o ex-ministro e o ex-tesoureiro do PT no mês passado, a ideia é
de Dirceu. A proposta já teria sido aprensentada a pelo menos dois deputados da
sigla. Dois advogados confirmaram terem discutido o assunto com petistas.
"Não sei se foi o
Dirceu que pensou nisso, mas ele defende. Pensamos nessa possibilidade e em
outras. A ideia é passar uma régua na história do PT, assumir a culpa e fazer
com que isso se reflita nas pessoas físicas", afirmou Roberto Podval,
advogado do ex-ministro na Lava Jato.
Três advogados especialistas
em acordos de delação e leniência, consultados pela reportagem, afirmaram não
ver empecilhos para legendas fazerem esse tipo de acordo. "Não há vedação
expressa a partidos, mas a lógica das disposições legais remete a
empresas", diz Rogério Taffarelo, especialista em direito penal econômico.
A informação é do jornal
Folha de S. Paulo.
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