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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Temer já é o presidente empossado, e Dilma discursa para a militância




O vice-presidente da República, Michel Temer, assinou na manhã desta desta quinta-feira, 12, o termo de posse pelo qual assumiu de forma interina a presidência da República, após o Senado decidir abrir um julgamento político que pode levar ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A notificação, assinada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e entregue pelo primeiro secretário da Casa, Vicentinho Alves (PR-TO), torna Temer chefe do governo por até 180 dias, prazo máximo para o processo do julgamento de Dilma. Caso a presidente seja condenada, será cassada, e assim Temer cumprirá o mandato que termina em 1º de janeiro de 2019. Se for inocentada, reassumirá o poder.
Na avaliação de especialistas, os primeiros 60 dias do governo Temer serão decisivos para que ele adote medidas capazes de sinalizar para a sociedade e o mercado que o Brasil está no caminho certo para estancar a sangria fiscal e sair da recessão. Entre as ações imediatas, apontam, estão o estabelecimento de limite para gastos públicos e a desvinculação do Orçamento, além da revisão da meta fiscal.
O ministro indicado da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que ainda há dúvidas sobre os nomes dos futuros ministros de Minas e Energia e Integração Nacional. A expectativa é de que os nomes sejam escolhidos até a posse ainda nesta quinta-feira. “Neste momento, ainda temos duas alternativas que estão sendo estudadas”, disse Padilha ao chegar ao Palácio do Jaburu para uma reunião com o vice-presidente Michel Temer, que assumiu a Presidência da República nesta manhã. Dois gaúchos serão ministros de Temer: o próprio Eliseu Padilha na Casa Civil e Osmar Terra no Desenvolvimento Social e Agrário. Para a Advocacia-Geral da União (AGU) foi indicado o gaúcho Fábio Medina Osório.

Dilma – A presidente afastada Dilma Rousseff pediu que as pessoas continuem mobilizadas para defender a manutenção de seu mandato de forma pacífica. Em um discurso que durou 14 minutos e 13 segundos dentro do Palácio do Planalto, e outro realizado já do lado de fora voltado aos militantes que aguardavam sua saída, ela disse que o maior risco do governo de Michel Temer é não ter sido eleito popularmente, e alertou ainda para a possibilidade de repressão aos movimentos populares que resistirem ao que ela classificou novamente como “golpe”: “O risco maior para o país é ser dirigido por um governo dos 'sem voto'. Um governo que não foi eleito pelo voto direto da população brasileira, que não tem legitimidade. É um governo que nasce de um golpe, de um impeachment fraudulento, uma espécie de eleição indireta - disse a presidente, visivelmente abatida”.

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